| Lumina | |
| A condição da vítima no documentário: reflexões sobre a memória e a performance da violência | |
| Urbano Lemos Jr.1  Vicente Gosciola2  | |
| [1] Doutorando em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM).;Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi.; | |
| 关键词: performance; documentário; violência; memória; testemunho; | |
| DOI : 10.34019/1981-4070.2018.v12.21507 | |
| 来源: DOAJ | |
【 摘 要 】
O artigo analisa a ideia de performance atravessada pela noção de representação da violência. O objetivo do artigo é elucidar o espaço do corpo no cinema documentário por meio do estudo da memória da violência performatizada presente nos filmes O Ato de Matar (2012), de Joshua Oppenheimer e S21 - A Máquina da Morte do Khmer Vermelho (2003), do cineasta cambojano Rithy Panh. Em ambos os documentários, a reencenação da tortura é evidenciada através da dimensão performática e por meio do emprego de dispositivos que confrontam os perpertradores da violência com as memórias dos crimes cometidos tanto na Indonésia quanto no Camboja. O artigo se ampara nas noções de performance, encontradas em Schechner (1985) e Taylor (2009) para compreender o “comportamento restaurado” em situações traumáticas. O estudo recorre ainda a Derrida (2001) para o entendimento de arquivos, registros e traumas em situações que culminaram em políticas de sofrimentos. Entende-se que os resultados obtidos nos documentários são confrontados a partir de performances distintas da violência e das relações entre memória e testemunho. Além disso, constata-se que por falta de imagens sobre as torturas as memórias são encenadas, reencenadas ou servem como arquivos vivos de episódios sangrentos nos dois países.
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