ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) | |
Aspectos técnicos da interposição ileal com gastrectomia vertical como possível opção ao tratamento do diabetes mellitus tipo 2 | |
Aureo Ludovico De Paula1  Alessandro Silva1  Ac. Carolina C.l De Paula1  Sérgio Vencio1  Alfredo Halpern1  | |
[1] ,Hospital de EspecialidadesGoiânia GO ,Brasil | |
关键词: Obesidade; Diabetes mellitus; Cirurgia Bariátrica; Obesity; Diabetes mellitus; Bariatric surgery; | |
DOI : 10.1590/S0102-67202010000200014 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
INTRODUÇÃO: Há evidências que os melhores resultados em termos de resolução do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em pacientes obesos mórbidos são atingidos com as derivações biliopancreáticas, em especial o duodenal switch. Essas operações caracterizam-se por redução do estômago através de gastrectomia e o rápido trânsito dos alimentos para o íleo distal, através de expressiva derivação de segmentos do intestino delgado. A idéia da realização da técnica aqui apresentada baseou-se nestes princípios. MÉTODO: Os procedimentos são habitualmente realizados por via laparoscópica após pneumoperitônio com 12 a 15 mmHg e seis trocárteres. O paciente é inicialmente posicionado em proclive de 30º com o cirurgião à direita. Inicia-se a gastrectomia vertical tendo como referência anatômica a trifurcação distal do vago anterior. A desvascularização da grande curvatura é realizada e se estende até o ângulo esofagogástrico. Com um calibrador intra-gástrico de 20 mm posicionado ao longo da pequena curvatura gástrica inicia-se a ressecção gástrica no antro com grampeador linear e adicionalmente é feita uma sutura contínua. Para a realização da interposição ileal na altura do jejuno proximal o ângulo duodenojejunal é identificado e o jejuno seccionado 20 a 30 cm à jusante com grampeador linear. O ceco é identificado e o íleo distal seccionado a 30 cm no sentido proximal. Um segmento de 150 a 170 cm de íleo é medido em sentido proximal e seccionado com grampeador linear. O segmento de íleo é interposto de forma isoperistáltica no jejuno proximal previamente seccionado. Em seguida, são realizadas três enteroanastomoses: a primeira íleo-ileal próxima ao ceco; outra próxima ao ângulo duodenojejunal; a terceira íleo-jejunal. O procedimento pode também ser feito com interposição ileal na primeira porção do duodeno. CONCLUSÃO: Esta técnica demonstrou-se segura, com baixa morbidade e mortalidade, factível cirurgicamente pela via laparoscópica e passível de ser ofertada como opção operatória ao tratamento da diabetes mellitus tipo 2.
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