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Pesquisa Veterinária Brasileira
Pathogenic microorganisms, somatic cell count and drug residues evaluation in organic bovine milk
Langoni, Hélio2  Siqueira, Amanda Keller2  Fernandes, Marta Catarina2  Salerno, Tatiana2  Lara, Gustavo Henrique Batista2  Ribeiro, Márcio Garcia1  Geraldo, Juliana Santos2 
[1] Unesp, Botucatu, Brasil;Unesp, Botucatu
关键词: Organic milk;    mastitis;    bovine;    somatic cell count;    residues;    multiresistance.;   
DOI  :  10.1590/S0100-736X2009000100008
来源: Colegio Brasileiro de Patologia Animal-CBPA
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【 摘 要 】

In last years increase the importance of milk quality and conditions of bovine milking. Simultaneously, increase the interest about organic milk and derivates. The aim of present study was investigate the milk pathogens, sensitivity and multiple drug resistance of isolates, somatic cell count and residues of drugs in milk, from cattle with and without mastitis, come from four little organic dairy farms in State of São Paulo, Brazil. Were used 148 cattle on the middle period of lactation. From these, two showed clinical mastitis, 72 subclinical mastitis and 74 without signs of mammary inflammation (controls). Staphylococcusaureus (25.7%), Streptococcus spp. (21.4%), Corynebacterium bovis (12.9%), Streptococcus agalactiae (4.3%) and Staphylococcus spp. (4.3%) were the more-frequent microorganisms isolated from animals with mastitis. Aspergillus spp. was isolated from one animal. Ceftiofur (95.2%), oxacillin (84.2%), gentamicin (76.3%) and cefoperazone (70.3%) were the more effective drugs. High resistance of isolates were found to penicillin (53.5%), ampicillin (41.6%) and neomycin (38.6%). Multiple drug resistance to three or more drugs was observed in 40 (39.6%) isolates. Media of somatic cell count encountered in animals with mastitis and controls were 175,742.67cs/mL and 58,227.6 cs/mL, respectively. Antimicrobials residues in milk were detected in four (2.7%) animals. The present findings showed the low somatic cell count of animals, indicative of good quality of milk. However, pointed the need of control measures for contagious pathogens of bovine mastitis and more attention for prohibition of antimicrobial use in organic dairy farms. Index terms: Organic milk, mastitis, bovine, somatic cell count, residues, multiresistance.  INTRODUÇÃO O leite é o mais nobre dos produtos de origem animal, notadamente pelo elevado valor nutricional para crianças e adultos, bem como seus derivados que, igualmente, se constituem em iguarias de alto valor nutritivo, e fonte de renda para os diferentes segmentos da cadeia produtiva do leite (Ribeiro 2008). Nas últimas décadas é notória a preocupação com a qualidade e inocuidade dos produtos e subprodutos de origem animal consumidos pela população. Esta tendência mundial fomentou o crescimento significativo, em vários países, das propriedades rurais de produção orgânica, das quais o leite e derivados figuram dentre os principais produtos de interesse comercial (Comerón & Andreo 2000). O termo orgânico refere-se a alimentos de origem animal e vegetal produzidos sem o uso de fertilizantes, pesticidas, inseticidas, antimicrobianos, anti-parasitários, transgênicos, ou qualquer outra droga que possua resíduos nocivos à saúde humana, incluindo produtos de uso agropecuário destinados à animais de exploração leiteira. As propriedades de produção orgânica são credenciadas por órgãos competentes e se caracterizam pela otimização de recursos naturais e sócio-econômicos, respeitando a integridade cultural do homem do campo, adotando práticas de manejo que minimizem danos à natureza e preservem o bem-estar animal visando, em suma, a exploração do ambiente e dos animais de forma ecológica, racional e sustentável (Instituto Biodinâmico 2000). Conceitualmente, as propriedades orgânicas devem gerar alimentos de alta qualidade nutricional, isentos de resíduos de produtos químicos nocivos ao homem (Comerón & Andreo 2000). Com efeito, o valor agregado do produto orgânico é duas ou três vezes superior ao leite e subprodutos produzidos sob a forma convencional, fato que tem motivado a migração de produtores tradicionais para a modalidade orgânica, vislumbrados com a possibilidade de produção de leite e derivados de alto valor, sem a necessidade de investimentos de vulto. Estima-se que o mercado mundial de produtos orgânicos tenha atingido aproximadamente US$ 25 milhões em 2001. Somente nos EUA, a procura por produtos orgânicos revela aumento de 20% ao ano (Penteado 2000). Entretanto, a produção de leite orgânico no Brasil pode ser considerada insipiente. Em que pese o alto potencial nacional para a produção de alimentos orgânicos, estima-se que o Brasil produza ao redor de seis milhões de litros de leite orgânico/ano, notadamente insuficiente para atender a demanda atual ao redor de 600 milhões de litros/ano (Arve 1999). Em todo o Estado de São Paulo, aproximadamente duas dezenas de propriedades rurais estão devidamente certificadas e atendem às exigências de produção de leite e derivados orgânicos (Instituto Biodinâmico 2000). Em 1999 foi sancionada a Instrução Normativa 07 (IN 007) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com fim precípuo de regulamentar a produção de leite orgânico no Brasil, assegurar a qualidade do produto, garantir competitividade de mercado para os produtos de origem animal e vegetal, bem como nortear as exigências para o credenciamento das propriedades e Instituições certificadoras (Brasil 1999). No mesmo contexto, foi sancionada pelo MAPA em 2002 a Instrução Normativa 051 (IN 051) (Brasil 2002), que promoveu várias modificações quanto às exigências da produção de leite em animais domésticos, com vistas a melhorar e assegurar as condições nutricionais e de inocuidade do produto e derivados, procurando adequar gradativamente a produção nacional, com base na qualidade e demandas de mercado. Dentre as principais modificações e/ou aumento no rigor de fiscalização, assumem destaque as exigências quanto aos valores de células somáticas, contagem bacteriana total, ausência de resíduos de antimicrobianos, bem como a colheita a granel nos tanques de expansão, praticamente banindo o uso de latões. Apesar da regulamentação dos métodos e prerrogativas para a produção do leite orgânico no Brasil pela IN 007, são escassos os estudos no país voltados à avaliação da qualidade do leite orgânico (Campos 2004). Paralelamente, muitos parâmetros de qualidade do produto estão apoiados na IN 051. Esta interface é salutar, embora vários métodos de criação e manejo dos animais mantidos no sistema convencional e orgânico sejam distintos, o que reforça a necessidade de estudos específicos dos parâmetros de qualidade do leite e derivados orgânicos. Em diversos países, as condições de qualidade microbiológica e físico-química, assim como a presença de resíduos de antimicrobianos e pesticidas no leite bovino produzido no sistema orgânico tem sido motivo de estudos (Kristensen & Kristensen 1998, Ginot-Thomas et al. 1991). No Brasil, diferentes autores têm se preocupado em determinar parâmetros de qualidade no leite convencional (Nader Filho & Rossi Júnior 1989, Nader Filho et al. 1997, Nascimento et al. 2001, Cordeiro et al. 2002). No entanto, as pesquisas com leite orgânico ainda são escassas no país (Campos, 2004). O presente estudo investigou a ocorrência de microrganismos patogênicos, a resistência múltipla dos isolados aos antimicrobianos, a celularidade e a presença de resíduos de antimicrobianos no leite produzido no sistema orgânico em propriedades do interior do Estado de São Paulo.  MATERIAL E MÉTODOSPropriedades O estudo foi conduzido ao longo de um ano emquatro pequenas propriedades rurais localizadas no interior do Estado de São Paulo certificadas como orgânicas que utilizam mão-de-obra essencialmente familiar. Todas as propriedades possuíam entre 10 a 40 animais em lactação, de raça predominantemente girolanda, em regime de uma ordenha diária, manual ou mecânica (balde ao pé). Animais e diagnóstico de mastite Foram utilizadas 74 vacas com mastite (clínica ou subclínica) e 74 vacas sem mastite (controle) (Quadro 1), totalizando 148 animais. As amostras de leite dos animais com e sem mastite foram colhidas no período médio de lactação. A amostragem obtida dos animais controle foi colhida ao acaso. O diagnóstico da mastite clínica foi fundamentado nas alterações macroscópicas do leite (presença de pus, dessora, grumos e/ou estrias de sangue) na prova da caneca telada de fundo escuro e na presença de sinais de inflamação na glândula mamária. A mastite subclínica foi diagnosticada utilizando o teste clássico de California Mastitis Test (CMT) (Schalm et al. 1971). O leite de tetos com escore 2+ ou 3+ no CMT foi utilizado para isolamento microbiano.    Isolamento e caracterização dos microrganismos As amostras de leite foram colhidas após anti-sepsia dos tetos com solução de iodo glicerinado a 1%, transportadas sob temperatura de refrigeração (4-8ºC) para o cultivo microbiano. Todas as amostras foram semeadas nos meios de ágar sangue bovino desfibrinado (5%) e ágar MacCon

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