Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia | |
Desempenho da Ultra-sonografia Pré-natal no Diagnóstico de Cromossomopatias Fetais em Serviço Terciário | |
Ricardo Barini1  Juliana Horschutz Stella1  Sara Toseti Ribeiro1  Fátima Botcher Luiz1  Eduardo Valente Isfer1  Rita De Cassia Sanchez1  Aníbal Faúndes1  João Luiz Pinto E Silva1  | |
[1] ,Universidade Estadual de Campinas Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher Centro de Diagnóstico Pré-Natal e Medicina Fetal São Paulo | |
关键词: Ultra-sonografia; Cromossomopatias fetais; Diagnóstico pré-natal; Cariótipo; Malformação fetal; Ultrasound; Fetal chromosomal abnormalities; Prenatal diagnosis; Karyotype; Fetal malformation; | |
DOI : 10.1590/S0100-72032002000200008 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
Objetivo: determinar o desempenho da ultra-sonografia para detecção de gestações que apresentem risco de anomalia cromossômica fetal. Método: estudamos 436 pacientes submetidas a cariótipo fetal entre março de 1993 e março de 1998. Destas, 277 gestantes foram submetidas à coleta de material fetal para estudo citogenético por ultra-sonografia alterada e 159 por ansiedade parental, apresentando ultra-sonografia morfológica normal. Foram avaliadas a sensibilidade e a especificidade da ultra-sonografia utilizando o cariótipo fetal como padrão-ouro. Foi calculado o risco relativo de anomalia cromossômica apresentado segundo o sistema acometido à ultra-sonografia e os riscos de acordo com a presença de uma ou mais malformações, utilizando-se o pacote de análise estatística Epi-Info 6.0. Resultados: observamos que o risco relativo para cromossomopatia fetal foi de 89 para as malformações de face, 53 para malformações de parede abdominal e aparelho cardiovascular, 49,6 para malformações de pescoço, 44,6 para malformações de membros, 42,4 para malformações de pulmão, 32,7 para malformações de trato gastrointestinal, 27,4 para malformações de sistema nervoso central e 23,0 para malformações de trato urinário. Não foi possível o cálculo de risco para malformações de genitais, tórax, coluna e músculo-esqueléticas, por terem ocorrido em um pequeno número de casos. A presença de uma alteração ultra-sonográfica isolada se associa a risco relativo 7,82 vezes maior de cromossomopatia, ao passo que a associação de alterações morfológicas tem risco 33,8 vezes maior de cromossomopatia. Conclusões: conclui-se que a ultra-sonografia apresentou bom desempenho na detecção de gestações de risco para cromossomopatia.
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