Revista de Saúde Pública | |
Anemia em gestantes brasileiras antes e após a fortificação das farinhas com ferro | |
Elizabeth Fujimori2  Ana Paula Sayuri Sato1  Sophia Cornbluth Szarfarc1  Gloria Valeria Da Veiga1  Valterlinda Alves De Oliveira1  Célia Colli1  Regilda Saraiva Dos Reis Moreira-araújo1  Ilma Kruze Grande De Arruda1  Taqueco Teruya Uchimura1  Gisela Soares Brunken1  Lucia Kiyoko Ozaki Yuyama1  Pascoal Torres Muniz1  Silvia Eloiza Priore1  Maria Alice Tsunechiro1  Andréa Das Graças Ferreira Frazão1  Cynthia R Matos Silva Passoni1  Claudia Regina Marchiori Antunes Araújo1  | |
[1] ,Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem Departamento de Enfermagem em Saúde ColetivaSão Paulo SP ,Brasil | |
关键词: Gestantes; Anemia Ferropriva; Farinha; Alimentos fortificados; Cuidado Pré-Natal; Pregnant Women; Anemia; Iron-Deficiency; Flour; Food; Fortified; Prenatal Care; Mujeres Embarazadas; Anemia Ferropénica; Harina; Alimentos Fortificados; Atención Prenatal; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102011005000078 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Comparar prevalência de anemia e valores de hemoglobina (Hb) em gestantes brasileiras, antes e após a fortificação das farinhas com ferro. MÉTODOS: Estudo de avaliação de painéis repetidos, desenvolvido em serviços públicos de saúde de municípios das cinco regiões brasileiras. Dados retrospectivos foram obtidos de 12.119 prontuários de gestantes distribuídas em dois grupos: antes da fortificação, com parto anterior a junho de 2004, e após a fortificação, com última menstruação após junho de 2005. Anemia foi definida como Hb < 11,0 g/dL. Valores de Hb/idade gestacional foram avaliados segundo dois referenciais da literatura. Foram utilizados teste qui-quadrado, t de Student e regressão logística, com nível de 5% de significância. RESULTADOS: Na amostra total, anemia caiu de 25% para 20% após fortificação (p < 0,001), com médias de Hb significativamente maiores no grupo "após" (p < 0,001). Observaram-se, entretanto, diferenças regionais importantes: reduções significativas nas regiões Nordeste (37% para 29%) e Norte (32% para 25%), onde as prevalências de anemia eram elevadas antes da fortificação, e reduções menores nas regiões Sudeste (18% para 15%) e Sul (7% para 6%), onde as prevalências eram baixas. Os níveis de Hb/idade gestacional de ambos os grupos se mostraram discretamente mais elevados nos primeiros meses, porém bem mais baixos após o terceiro ou quarto mês, dependendo da referência utilizada para comparação. Análise de regressão logística mostrou que grupo, região geográfica, situação conjugal, trimestre gestacional, estado nutricional inicial e gestação anterior associaram-se com anemia (p < 0,05). CONCLUSÕES: A prevalência de anemia diminuiu após a fortificação, porém continua elevada nas regiões Nordeste e Norte. Embora a fortificação possa ter tido papel nesse resultado favorável, há que se considerar a contribuição de outras políticas públicas implementadas no período estudado.
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