Revista Brasileira de Psiquiatria | |
O uso de antipsicóticos em pacientes com diagnóstico de demência | |
Orestes Vicente Forlenza2  Eric Cretaz1  Breno Satler De Oliveira Diniz1  | |
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Departamento de PsiquiatriaSão Paulo SP ,Brasil | |
关键词: Demência; Neurocomportamento; Agentes antipsicóticos; Terapia; comportamental; Transtornos cerebrovasculares; Dementia; Neurobehavioral; Antipsychotics agents; Behavior therapy; Cerebrovascular disorders; | |
DOI : 10.1590/S1516-44462008000300014 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Revisar sistematicamente as evidências que sustentam o uso de antipsicóticos no tratamento dos sintomas comportamentais e psicológicos em pacientes com demência, assim como rever as controvérsias e desvantagens dessa prescrição, tendo em vista, por um lado, a elevada prevalência destas manifestações no curso clínico das demências e, por outro, a maior susceptibilidade do idoso aos eventos adversos desses medicamentos. MÉTODO: Revisão sistemática da literatura sobre o uso de antipsicóticos típicos e atípicos em pacientes portadores de síndromes demenciais. As bases de dados usadas para este fim foram o PubMed/Medline, Embase e SciELO. A busca por trabalhos se limitou aos anos de 1986 a 2007, selecionando-se ensaios clínicos randomizados e metanálises da literatura. RESULTADOS: Há evidências a partir de ensaios randomizados, duplamente encobertos, controlados por placebo, de que os antipsicóticos típicos e atípicos são eficazes no tratamento dos sintomas comportamentais que ocorrem nas síndromes demenciais, especialmente os quadros psicóticos e alterações do comportamento motor. Entretanto, o uso destas medicações está associado a eventos adversos importantes. Embora os antipsicóticos atípicos estejam menos associados aos efeitos colaterais extrapiramidais, comuns entre os neurolépticos de primeira geração, podem aumentar a incidência de eventos cerebrovasculares e do risco de morte, sobretudo em pacientes vulneráveis. CONCLUSÃO: Os antipsicóticos devem ser usados com cautela nos pacientes com demência, buscando otimizar o regime de dosagem e duração do tratamento, e avaliando-se individualmente a relação risco-benefício.
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