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Revista Brasileira de Reumatologia
Frequência de autoanticorpos e dosagem de complemento sérico em pacientes com diagnóstico de leishmaniose cutânea ou visceral
Alex Magno Coelho Horimoto2  Izaias Pereira Da Costa1 
[1] ,Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Serviço de Reumatologia
关键词: autoanticorpos;    dosagem de complemento;    leishmaniose visceral;    leishmaniose tegumentar;    lúpus eritematoso sistêmico;    autoantibodies;    complement levels;    visceral leishmaniasis;    cutaneous leishmaniasis;    systemic lupus erythematosus;   
DOI  :  10.1590/S0482-50042009000500005
来源: SciELO
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【 摘 要 】

INTRODUÇÃO: A leishmaniose é uma doença infecciosa crônica que pode variar de um espectro que inclui o acometimento cutâneo isolado com manifestação oligossintomática até o acometimento sistêmico com manifestações clínicas importantes. O desenvolvimento de infecção em cada tipo de leishmaniose (visceral ou tegumentar) depende da interação complexa e intrigante entre os fatores de virulência do patógeno e a resposta imunológica do hospedeiro. Análises de soros de pacientes infectados por Leishmania demonstraram a existência de autoanticorpos contra componentes celulares e humorais, além de imunocomplexos circulantes e anticorpos contra a imunoglobulina G (fator reumatoide). Pacientes com leishmaniose visceral podem apresentar sintomas que mimetizam o quadro clínico encontrado em pacientes com diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), dificultando o diagnóstico precoce e tratamento. OBJETIVOS: Identificar o perfil de autoanticorpos e a dosagem de complemento em pacientes com diagnóstico de leishmaniose visceral ou tegumentar e correlacionar o quadro clínico destes pacientes com o de pacientes com diagnóstico de LES. MÉTODOS: Pesquisou-se a ocorrência de autoanticorpos e dosagem de complemento no soro de 90 pacientes, sendo 45 deles com leishmaniose visceral e 45 com a forma tegumentar. RESULTADOS: Os autoanticorpos estatisticamente significativos presentes nos pacientes com leishmaniose visceral foram: Fator Antinuclear (FAN) positivo (4,4%) ou em baixa titulação (8,9%) e anticorpo anticardiolipina do tipo IgG positivo (17,8%) ou indeterminado (8,9%). Encontrou-se, ainda, diminuição do complemento sérico C3 em 17,8% dos pacientes e anticorpo anti-Leishmania positivo > 1/80 em todos os pacientes com leishmaniose visceral. CONCLUSÕES: A forma visceral da leishmaniose pode correlacionar-se positivamente com a presença de autoanticorpos, possivelmente pelo desencadeamento de uma resposta sistêmica predominantemente humoral do tipo Th2, constituindo-se em diagnóstico diferencial obrigatório com LES, principalmente nas áreas endêmicas.

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