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Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Ventilação não invasiva com pressão positiva pós-extubação: características e desfechos na prática clínica
Liria Yuri Yamauchi1  Maise Figueiroa1  Leda Tomiko Yamada Da Silveira1  Teresa Cristina Francischetto Travaglia1  Sidnei Bernardes1  Carolina Fu1 
关键词: Respiração artificial;    Respiração com pressão positiva/métodos;    Extubação;    Desmame do respirador;    Resultado do tratamento;    Unidades de terapia intensiva;    Respiration;    artificial;    Positive-pressure respiration/methods;    Airway extubation;    Ventilator weaning;    Treatment outcomes;    Intensive care units;   
DOI  :  10.5935/0103-507X.20150046
来源: SciELO
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【 摘 要 】

RESUMOObjetivo:Descrever o uso de ventilação não invasiva com pressão positiva pós-extubação na prática clínica da unidade de terapia intensiva, e identificar os fatores associados à falência da ventilação não invasiva com pressão positiva.Métodos:Este estudo prospectivo de coorte incluiu pacientes com idade ≥ 18 anos admitidos consecutivamente à unidade de terapia intensiva e submetidos à ventilação não invasiva com pressão positiva dentro de 48 horas após sua extubação. O desfecho primário foi falência da ventilação não invasiva com pressão positiva.Resultados:Incluímos um total de 174 pacientes. A taxa global de uso de ventilação não invasiva com pressão positiva foi de 15%. Dentre todos os pacientes que utilizaram ventilação não invasiva com pressão positiva, em 44% o uso ocorreu pós-extubação. A taxa de falência da ventilação não invasiva com pressão positiva foi de 34%. A média de idade (± DP) foi de 56 ± 18 anos, sendo que 55% dos pacientes eram do sexo masculino. Os dados demográficos, níveis basais de pH, PaCO2 e HCO3 além do tipo de equipamento utilizado foram similares entre os grupos. Todos os parâmetros finais de ventilação não invasiva com pressão positiva foram mais elevados no grupo que apresentou falência da ventilação não invasiva com pressão positiva (pressão inspiratória positiva nas vias aéreas - 15,0 versus 13,7cmH2O; p = 0,015; pressão expiratória positiva nas vias aéreas - 10,0 versus8,9cmH2O; p = 0,027; e FiO2 - 41 versus33%; p = 0,014). O grupo que teve falência da ventilação não invasiva com pressão positiva teve tempo médio de permanência na unidade de terapia intensiva maior (24 versus 13 dias; p < 0,001), e taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva mais elevada (55 versus 10%; p < 0,001). Após adequação, o modelo de regressão logística permitiu afirmar que pacientes com pressão inspiratória positiva nas vias aéreas ≥ 13,5cmH2O no último dia de suporte com ventilação não invasiva com pressão positiva tiveram risco três vezes maior de se tornarem casos de falência da ventilação não invasiva com pressão positiva, do que os pacientes que tiveram pressão inspiratória positiva das vias aéreas < 13,5 (OR = 3,02; IC95% = 1,01 - 10,52; p = 0,040).Conclusão:O grupo com falência da ventilação não invasiva com pressão positiva teve tempo de permanência na unidade de terapia intensiva maior, além de uma taxa de mortalidade mais elevada. A análise de regressão logística identificou que pacientes com pressão inspiratória positiva nas vias aéreas ≥ 13,5cmH2O no último dia de suporte ventilatório não invasivo tiveram risco três vezes maior de apresentar falência da ventilação não invasiva com pressão positiva.

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