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Revista de Saúde Pública
Mulheres HIV positivas, reprodução e sexualidade
Naila Js Santos2  Cassia Maria Buchalla1  Elvira Ventura Fillipe2  Laura Bugamelli2  Sonia Garcia2  Vera Paiva1 
[1] ,Centro de Referência e TreinamentoSão Paulo SP ,Brasil
关键词: Mulheres;    Sexualidade;    Defesa do paciente;    HIV;    Síndrome de imunodeficiência adquirida;    Saúde reprodutiva;    Anticoncepção;    Conhecimentos;    atitudes e prática;    Serviços de saúde da mulher;    Prestação de cuidados de saúde;    Soropositividade para HIV;    Direitos reprodutivos;    Women;    Sexuality;    Patient advocacy;    HIV;    Acquired immunodeficiency syndrome;    Knowledge;    attitudes;    practice;    Women's health services;    Health care delivery;    HIV seropositivity;    Reproductive rights;   
DOI  :  10.1590/S0034-89102002000500004
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Estudar questões relativas à sexualidade e à saúde reprodutiva de mulheres HIV-positivas, seu acesso às práticas de prevenção, sua aderência a tratamentos e a possibilidade de fazerem opções conscientes quanto à gravidez. MÉTODOS: Estudo exploratório realizado, em 1997, em um ambulatório de um centro de referência na área de doenças sexualmente transmissíveis e Aids localizado na cidade de São Paulo, Brasil. Foi estudada uma amostra consecutiva, não-probabilística, constituída de 148 mulheres HIV-positivas. Foram excluídas as menores de 18 anos e as fisicamente debilitadas. Os dados foram colhidos por meio de entrevistas estruturadas. Foram aplicados os testes de chi² e t-Student. RESULTADOS: A média de idade das mulheres pesquisadas foi de 32 anos, sendo que 92 (62,2%) tinham até o primeiro grau de escolaridade, e 12,2% chegaram a cursar uma faculdade. A mediana do número de parceiros na vida foi quatro, e metade das entrevistadas manteve vida sexual ativa após infecção pelo HIV. Do total das mulheres, 76% tinham filhos, e 21% ainda pensavam em tê-los. Um maior número de filhos, maior número de filhos vivos e de filhos que moravam com as mães foram os fatores mais indicados como interferência negativa na intenção de ter filhos. Não foi encontrada associação entre pensar em ter filhos com as variáveis como percepção de risco, situação sorológica do parceiro, uso de contraceptivos e outras. Os métodos contraceptivos mudaram, sensivelmente, na vigência da infecção pelo HIV. CONCLUSÕES: A intenção de ter filhos não se alterou substancialmente nas mulheres em conseqüência da infecção pelo HIV. Mulheres HIV-positivas precisam ter seus direitos reprodutivos e sexuais discutidos e respeitados em todos os serviços de atenção à saúde. A adesão ao medicamento e ao sexo seguro são importantes, mas difíceis, requerendo aconselhamento e apoio. São necessários serviços que promovam ambiente de apoio para essas mulheres e seus parceiros, propiciando às pessoas com HIV/Aids condições de conhecer, discutir e realizar opções conscientes no que concerne às decisões reprodutivas e sua sexualidade.

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