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Pesquisa Veterinária Brasileira
Pathological and microbiological aspects of respiratory disease in fattening pigs in Brazil
Barcellos, David E.N.1  Klein, Cátia S.2  Morés, Marcos A.Z.2  Coldebella, Arlei2  Rebelatto, Raquel2  Oliveira Filho, João X.1  Morés, Nelson2 
[1] Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil;Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, Brazil
关键词:  Swine;    pneumonia;    Pasteurella multocida;    Mycoplasma hyopneumoniae.;   
DOI  :  10.1590/S0100-736X2015000800004
来源: Colegio Brasileiro de Patologia Animal-CBPA
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【 摘 要 】

:For pathological and microbiological evaluation of porcine respiratory disease in fattening pigs, seventy five animals showing respiratory distress, fever and/or cough were analyzed. These pigs were necropsied and samples were collected for histological and microbiological analysis. Bacterial isolation procedures were performed aiming to detect major swine bacterial respiratory pathogens. Also, PCR for Mycoplasma hyorhinis, and immunohistochemistry for Influenza A, porcine circovirus type 2, and Mycoplasma hyopneumoniae were carried out. Mycoplasma hyopneumoniae and Pasteurella multocida type A were the most prevalent infectious agents. The antimicrobial sensitivity of 24 samples of P. multocida type A was evaluated by minimum inhibitory concentration tests and all these samples were sensitive to doxycycline, tilmicosin and enrofloxacin. Suppurative bronchopneumonia and pleuritis were main respiratory lesions found. When P. multocida type A was present, the extension of lung lesions was increased. In 58% of the samples more than one infectious agent was identified, suggesting a high prevalence of infectious agents associations in porcine respiratory disease in Brazil.Index Terms: Swine; pneumonia; Pasteurella multocida; Mycoplasma hyopneumoniae.IntroduçãoAs doenças infecciosas causam grandes prejuízos à cadeia produtiva de suínos em todos os países com produção intensiva, sendo as respiratórias as mais prevalentes. No Brasil, as doenças infecciosas respiratórias se tornaram mais importantes devido às características dos atuais sistemas de produção, nos quais os animais são criados confinados em altas densidades, além das misturas de animais de várias origens nas diferentes fases da produção. Estes fatores, além de causarem estresse aos animais, facilitam a disseminação dos agentes agravando os problemas respiratórios (Fraile et al. 2010, Opriessnig et al. 2011).Os principais agentes infecciosos respiratórios dos suínos são enzoóticos na maioria das granjas, sendo que alguns deles fazem parte da microbiota normal do trato respiratório. Porém, a ocorrência de doença é variável, sendo influenciada pela presença, em maior ou menor grau, dos fatores de risco ambientais e de manejo que predispõem os animais às infecções (Fraile et al. 2010, Opriessnig et al. 2011).Estes fatores, associados às características dos agentes infecciosos, fazem com que, na maioria das vezes, os quadros clínicos respiratórios dos suínos nas fases de crescimento e terminação, sejam causados pela associação de dois ou mais microrganismos (Hansen et al. 2010, Opriessnig et al. 2011). Devido à interação de vários agentes infecciosos com os fatores de risco, o termo "complexo das doenças respiratórias dos suínos" (CDRS) é empregado com frequência para referenciar estes quadros clínicos (Thacker 2006, Hansen et al. 2010).A associação de agentes infecciosos torna mais difícil o controle destas infecções. Portanto, o diagnóstico correto dos agentes envolvidos é essencial e depende de uma avaliação patológica e etiológica adequada dos quadros clínicos.O objetivo desse trabalho foi identificar as características patológicas e os principais agentes infecciosos envolvidos nos quadros clínicos respiratórios em suínos de terminação no Brasil, assim como avaliar a sensibilidade antimicrobiana do principal agente bacteriano isolado.Material e MétodosAmostrasEntre os anos de 2011 e 2012 foram avaliados 36 lotes comerciais de suínos com idade entre 100 e 180 dias de vida, os quais apresentavam quadro clínico grave de doença respiratória. Visando abranger as principais regiões produtoras do Brasil, incluíram-se lotes localizados nos Estados do Mato Grosso (n=09), Mato Grosso do Sul (n=05), Paraná (n=07), Rio Grande do Sul (n=10) e Santa Catarina (n=05). Em cada lote foi realizada avaliação clínica dos animais, incluindo tosse, espirros, dispneia e temperatura retal de animais com dispneia. Com base nessa avaliação, de cada lote foram selecionados de 1 a 3 suínos (totalizando 75 suínos) que apresentavam sinais clínicos respiratórios acentuados, principalmente dispneia e hipertermia (temperatura retal acima de 40°C) e eventualmente tosse. Esses animais foram submetidos à eutanásia por eletrocussão e necropsiados nas próprias granjas para avaliação patológica e colheita de amostras para análises laboratoriais. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEUA/CNPSA) (Protocolo 005/2010). Os trabalhos de avaliação clínica, escolha dos animais para necropsia e necropsia foram realizados, em todos os lotes, por dois veterinários com experiência em clínica e patologia de suínosPara isolamento bacteriano foram colhidas amostras do pulmão lesado e exsudatos de pleura e pericárdio, quando presentes. Estas amostras foram acondicionadas em sacos plásticos estéreis, refrigeradas imediatamente após a colheita e processadas em até 24 horas. Todas as amostras foram processadas pelo mesmo técnico, em três laboratórios diferentes, equipados com estrutura necessária semelhantePara análise histopatológica e de imuno-histoquímica foram colhidas amostras de lesões pulmonares, pericárdio, fígado, rim, coração, traqueia e linfonodos mediastínicos. Os tecidos foram imediatamente fixados em formalina 10% tamponada e mantidas neste fixador por 48 horas para posterior processamento histológicoQuestionário epidemiológicoDurante as visitas às granjas, foi preenchido um questionário com as informações sobre o sistema de criação e uso de antibióticos e vacinas. As informações foram fornecidas pelos responsáveis pelos animais, proprietário ou empresa integradoraPatologiaMacroscopia. As lesões observadas nas necropsias foram descritas em formulário específico. As lesões de consolidação pulmonar foram graduadas quanto à extensão utilizando-se a média de escores de cada lobo em relação à área total do pulmão, como descrito por Piffer & Brito (1991). Quanto à distribuição, as lesões de consolidação pulmonar foram classificadas em crânio-ventral, focal ou multifocal e difusa. As lesões na pleura foram classificadas quanto à extensão em: grau 1 com até 33% de envolvimento; grau 2 entre 33 e 66% e grau 3 >66% de área afetada. Outras lesões foram anotadas como presentes ou ausentes.Histopatologia. Após a fixação, os tecidos foram desidratados, clarificados, embebidos em parafina, seccionados com 2-5μm de espessura e corados pela hematoxilina e eosina (HE), conforme procedimentos de rotina. Na análise histopatológica foram avaliadas todas as estruturas do tecido pulmonar (brônquios, bronquíolos, alvéolos e pleura) (Hansen et al. 2010). O infiltrado inflamatório no exsudato alveolar foi avaliado para caracterizar as lesões como crônicas, subagudas e agudas (Hansen 2010). A hiperplasia do tecido linfoide associado aos brônquios foi classificada como presente ou ausente.Imuno-histoquímica (IHQ). Secções selecionadas de lesões pulmonares de todas as amostras foram montadas em lâminas tratadas com poly-L-lisine e processadas para detecção de antígenos de Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo), Circovírus suíno tipo 2 (PCV2) e vírus Influenza A. A pesquisa de PCV2 foi realizada também em amostras de linfonodos mediastínicos. Para todos os agentes foi utilizado o método biotina-estreptavidina-peroxidase, cromógeno 3-Amino-9-Ethylcarbazol (AEC) e contra-coloração com hematoxilina de Mayer.Para detecção do Mhyo foi utilizado um anticorpo recombinante policlonal monoespecífico contra proteína lactato-desidrogenase - p36 (Castro et al. 2009). O procedimento da IHC foi padronizado pelo método estreptavidina-biotina-peroxidase, com kit comercial (Kit LSAB® + System - HRP - DakoCytomation®). A recuperação antigênica foi feita com a imersão das lâminas em tampão citrato (pH 6,0) e tratamento pelo calor em um forno de micro-ondas doméstico por cinco minutos, na potência de 700W. Posteriormente, foi realizada digestão enzimática, utilizando-se pepsina 0,04% diluída em ácido clorídrico 0,01N (pH 7,8) durante 10 minutos a 37 °C. As secções de tecido foram marcadas com o anticorpo primário (anti-p36) por 2 horas a 37ºC. A coloração final foi realizada com a solução AEC por cinco minutos a 37ºC e a contra coloração com hematoxilina de Mayer por dois minutos. Nos testes para detecção de PCV2 e Influenza A, foram utilizadas as metodologias descritas na literatura (Ciacci-Zanella et al. 2006, Vincent et al. 1997).MicrobiologiaIsolamento bacteriano. Lesões pulmonares, suabes e exsudatos dos animais necropsiados foram semeados em placas de ágar sangue e ágar MacCon

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