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Pesquisa Veterinária Brasileira
Passive immunity, neonatal morbidity and performance of kids in different colostrum management
Medeiros, Ariosvaldo Nunes de2  Costa, Roberto Germano3  Souza, Patrício Marques de1  Simões, Sara Vilar Dantas4  Vilar, Ana Letícia Torres2 
[1] Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande;UFPB;UFPB, Bananeiras;UFPB, Areia
关键词: Immunity;    immunoglobulins;    colostrum;    neonatal morbidity;    performance;    kids.;   
DOI  :  10.1590/S0100-736X2005000400006
来源: Colegio Brasileiro de Patologia Animal-CBPA
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【 摘 要 】

The experiment was performed to determine the kid management that ensures the best passive immunity, and to evaluate the relationship between passive immunity, neonatal morbidity and performance. Blood samples were obtained from 58 Saanen kids before colostrum ingestion and 30h after. The kids were submitted to five treatments: (T1) kids were allowed to nurse the dam for 24 hours ingesting colostrum ad libitum; (T2) kids were bottle-fed with 200mL colostrum in the first hour of life; (T3) kids were bottle-fed with 400 mL colostrum, 200mL in the first hour and 200mL 8 hours after birth; (T4) kids were bottle-fed with 400mL colostrum, 200mL in the first hour and 200mL 14 hours after birth; (T5) kids were bottle-fed with 600mL of colostrum, 200mL in the first hour, 200ml 12 hours after birth, and 200mL at 24 hours of life. Serum levels of gamaglobulins were determined by electrophoresis. The occurrence of diseases was monitored from birth to 28 days. Daily weight gains were used to evaluate the performance until weaning. The lowest concentration of g-globulin was observed in Group 2 (1,57g/dL) and the highest in Group 3 (2,60g/dL). In spite of higher levels of passive immunity Group 3 showed more animals with scours, however no statistical differences were observed. The immune status at 30 hours postpartum was not associated with neonatal weight gain. Index terms: Immunity, immunoglobulins, colostrum, neonatal morbidity, performance, kids.     INTRODUÇÃOEm sistemas tradicionais de criação de caprinos ocorrem elevados índices de mortalidade das crias, registrando-se perdas significativas nos primeiros dias de vida, o que é muito prejudicial, já que se deseja obter o maior número possível de crias desmamadas/cabra/ano (Morand-Fehr 1987). Ao se tentar identificar a etiologia de uma doença os esforços iniciais estão, quase sempre, direcionados à identificação de um vírus, bactéria ou outro microrganismo específico. O isolamento e a identificação de agentes infecciosos são, freqüentemente, produtivos e necessários, mas, se não forem consideradas as interações manejo-doença, especialmente nas atividades intensivas, o controle do surto e a prevenção de surtos futuros podem ficar difíceis ou mesmo impossíveis (Aiello 2002). No manejo do período neonatal a ingestão do colostro representa uma das mais importantes recomendações dentro do conjunto de medidas sanitárias do rebanho.Os neonatos ruminantes são expostos a um período de maior susceptibilidade à infecções que se estende desde o nascimento até apresentarem um sistema imunológico competente. A maior susceptibilidade dos ruminantes a infecções deve-se a placenta do tipo epitéliocorial, que leva ao bloqueio da passagem transplacentária de anticorpos. Quando um feto emerge do útero estéril para um ambiente onde é imediatamente exposto a microrganismos deve ser capaz de controlar uma invasão microbiana dentro de um período muito curto de tempo (Tizard 2002). Assim, é necessária a ingestão imediata do colostro de forma que adquira anticorpos de forma passiva. Trabalhos de O'Brien & Sherman (1993) e Constant et al. (1994) tratam das relações entre baixas concentrações de imunoglobulinas séricas e perdas de cabritos por causas infecciosas. Quando os neonatos não conseguem absorver quantidades suficientes de anticorpos colostrais chegam a uma condição que recebe a denominação de falha na transferência passiva de imunidade (FTP). Atraso na ingestão de colostro, ingestão de pequenas quantidades, ou ambos os fatores, freqüentemente resultam em falhas de transferência passiva de imunidade (Brignole & Stott 1980, Besser et al. 1991).Além de sua função na imunidade neonatal o colostro é uma importante fonte de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e sais minerais; elementos que participam da nutrição e regulação térmica do recém-nascido (Machado Neto 2001). O colostro também contém hormônios, fatores de crescimento e enzimas, que possuem atividades associadas à maturação do trato digestivo e outros sistemas, desempenhando importante papel no crescimento e desenvolvimento do recém-nascido (Odle et al. 1996). Desta forma, é preciso estudar também a importância da ingestão do colostro no desempenho dos cabritos, o que é extremamente importante, pois o ganho de peso durante os primeiros meses de vida é crítico para o subseqüente desenvolvimento e influencia diretamente na idade a primeira parição e outros aspectos produtivos.A avaliação da aquisição de imunidade passiva pode ser feita através da dosagem da proteína sérica total e de suas frações antes e após a ingestão de colostro; este procedimento permite quantificar a fração gama das globulinas absorvida, que incluem as imunoglobulinas ou anticorpos. A quantidade de gamaglobulinas capaz de assegurar a sobrevivência dos bezerros já foi bem estudada e estabelecida. Porém, a adequada concentração inicial de gamaglobulinas no soro de cabritos não tem sido suficientemente estudada, especialmente em cabritos submetidos a diferentes manejos na fase de colostro. Este trabalho teve como objetivo identificar o manejo de colostro capaz de assegurar a maior aquisição de gamaglobulinas, verificar a influência deste manejo na morbidade e mortalidade de cabritos e avaliar o efeito dos diferentes manejos no desempenho de cabritos durante o período neonatal.  MATERIAL E MÉTODOS Quarenta e duas fêmeas caprinas da raça Saanen foram mantidas em regime de semiconfinamento até o final do último mês de gestação. À medida que as parições ocorreram, as crias foram pesadas e tiveram uma amostra de sangue retirada antes da ingestão de colostro. A seguir, utilizando um delineamento inteiramente casualizado, foram distribuídas em cinco grupos experimentais e submetidas a cinco manejos de colostro (tratamentos). O Grupo 1 foi formado por 10 cabritos que permaneceram com a mãe 24 horas e ingeriram colostro ad libitum (Tratamento 1). Os demais grupos foram formados por 12 cabritos cada. O Grupo 2 recebeu um único fornecimento de 200mL de colostro na primeira hora após o parto (Tratamento 2). O Grupo 3 recebeu 200mL de colostro na primeira hora após o parto e oito horas após a primeira ingestão tiveram acesso novamente a 200mL (Tratamento 3). O Grupo 4 recebeu 200mL de colostro na primeira hora após o parto e 14 horas após a primeira ingestão tiveram acesso novamente a 200mL (Tratamento 4). O Grupo 5 foi formado por cabritos que receberam 200mL de colostro na primeira hora após o parto e às 12 e 24 horas após a primeira ingestão tiveram acesso a novo fornecimento de 200mL de colostro (Tratamento 5). Os animais dos Grupos 2, 3 4, e 5, que receberam colostro em mamadeiras tiveram o colostro retirado da mãe no momento da ingestão. Durante o período neonatal, que durou 28 dias, os animais foram mantidos em cabriteiro coletivo e aleitados artificialmente duas vezes ao dia com 400mL de leite de vaca, perfazendo um total de 800mL/dia. A partir da primeira semana de vida foi permitido acesso à ração completa composta de 80% de concentrado e 20% de volumoso para todos os grupos.As colheitas de sangue para a obtenção de soro, realizadas ao nascimento e 30 horas após, foram efetuadas através de punção na veia jugular utilizando-se agulhas 25x8mm acopladas a tubos vacutainer siliconizados com 4mL de capacidade. O sangue foi mantido à temperatura ambiente até coagulação e retração do coágulo. As amostras foram então centrifugadas a 3.000 rpm durante 10 minutos e o soro obtido foi armazenado a -20ºC. Para a realização das avaliações laboratoriais o descongelamento das amostras foi feito deixando-as a temperatura ambiente.A proteína total foi determinada pelo método do Biureto, segundo Gornal et al. (1949) modificado por Strufaldi (1987), utilizando-se kit apropriado1 e foi mensurada utilizando-se analisador bioquímico semi-automático2. A migração eletroforética, para separação das frações protéicas do soro, foi efetuada em placa de gel de agarose segundo as técnicas citadas por Strufaldi (1987). O percentual de cada fração protéica foi medido por leitura em densitômetro digital de varredura3. Os cabritos foram submetidos a avaliações clínicas periódicas até o final do período neonatal. A incidência de doenças foi definida como qualquer condição requerendo pelo menos uma intervenção medicamentosa. Os animais que adoeceram durante o período experimental foram medicados de acordo com o diagnóstico nosológico realizado.Os 58 cabritos que formaram os cinco grupos experimentais foram identificados e pesados antes da primeira ingestão de colostro. O ganho de peso diário foi utilizado para determinar o desempenho, sendo feita a pesagem um dia por semana antes do primeiro fornecimento de leite.Para a obtenção dos valores de referência dos constituintes do soro sangüíneo dos cabritos com 0h e 30h de vida foi realizada a estatística descritiva para determinação dos valores de tendência central e dos valores de dispersão para cada variável estudada. Os animais foram considerados com falha de transferência de imunidade passiva (FTP) quando apresentaram níveis séricos de proteína total e gamaglobulinas inferiores a um desvio padrão abaixo da média mensurada às 30 horas de vida. A opção por esse parâmetro segue os critérios adotados por McGuire et al. (1976) e Moraes et al. (1997) em bovinos.As possíveis influências dos tratamentos sobre as variáveis estudadas foram determinadas através de análise de variância. A comparação de médias foi feita através do teste Tu

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