| Griot: Revista de Filosofia | |
| Natureza e ontologia em Merleau-Ponty e Whitehead | |
| Rodrigo Benevides Barbosa Gomes1  | |
| [1] Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); | |
| 关键词: Merleau-Ponty; Whitehead; Varela; Ontologia; Natureza; Autopoiesis.; | |
| DOI : 10.31977/grirfi.v18i2.922 | |
| 来源: DOAJ | |
【 摘 要 】
No final da década de 1950, Merleau-Ponty desloca seu foco de investigação da fenomenologia à ontologia. Tal transição envolve a articulação de seus estudos prévios acerca da percepção e da corporeidade com os desdobramentos filosóficos dos postulados da física e da biologia da primeira metade do século. A partir de uma reformulação do conceito de natureza, fomentada não só pelas ciências supracitadas como pela metafísica de Whitehead, Merleau-Ponty propõe a admissão da natureza como um fluxo de expressividade temporal autoprodutora de sentido, incorporando ao âmago do ser a temporalidade e a negatividade antes exclusivas ao para-si. A carne de Merleau-Ponty, como veremos, está em harmonia com a noção de processo de Whitehead, apontando assim um certo hilozoísmo pré-socrático na ontologia de ambos. Dito isso, o objetivo do artigo consiste em examinar a ontologia indireta de Merleau-Ponty, indicando sua convergência com a filosofia de Whitehead para, finalmente, introduzirmos uma crítica incipiente a partir da obra de Francisco Varela. Defende-se aqui que o conceito de autopoiesis pode indicar uma alternativa à noção merleau-pontiana de natureza.
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