Cahiers d’études des cultures ibériques et latino-américaines | |
Simão Sólis (†1631), cristão-novo: entre justiça humana e justiça divina | |
Maria Luísa Jacquinet1  | |
[1] Universidade Autónoma de Lisboa; | |
关键词: cristãos-novos; monarquia dual; inquisição; profanações eucarísticas; teodiceia; século xvii; | |
DOI : https://doi.org/10.21409/c8_v1 | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
Em 31 de janeiro de 1631, Simão Pires Sólis, cristão-novo português, era sentenciado à morte de fogueira, acusado da profanação da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. A condenação, que desde o início suscitara múltiplas e firmes reservas, viria a revelar-se injusta. Mas as circunstâncias político-religiosas da época fizeram de Sólis o réu ideal para dirimir o crime e aplacar a indignação geral. Propõe-se o presente artigo desvelar o caráter circunstancial da condenação e analisar o processo de construção da figura do «herege» no quadro de uma teodiceia escatológica para a qual concorre a justiça terrestre.
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