Revista Brasileira de Epidemiologia | |
Os vírus linfotrópicos de células T humanos (HTLV) na última década (1990-2000): aspectos epidemiológicos Human T-cell lymphotropic viruses (HTLV) in the last decade (1990-2000): epidemiological aspects | |
关键词: HTLV-I/II; Prevalência; Epidemiologia; Saúde pública; HTLV-I/II; Prevalence; Epidemiology; Public health; | |
DOI : 10.1590/S1415-790X2001000200003 | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
Vinte anos após o isolamento do vírus linfotrópico humano tipo I, muitos aspectos epidemiológicos, patogênicos e filogenéticos já estão esclarecidos. Sabe-se que em regiões endêmicas a prevalência aumenta com a idade e é maior no sexo feminino. Três patologias estão claramente relacionadas a ele: paraparesia espástica tropical / mielopatia associada ao HTLV, leucemia de células T do adulto e uveíte. Os modos de infecção, semelhantes aos dos outros retrovírus, são: transfusão de sangue, relações sexuais não protegidas, transplacentária e durante o aleitamento materno. A história natural das doenças relacionadas ao HTLV-I ainda não está bem estabelecida. O risco de portadores da infecção desenvolverem patologias depende de mais estudos de incidência para serem corretamente estimados. Menos se conhece sobre o HTLV-II. A despeito do alto grau de homologia entre os dois tipos, os vírus interagem de forma bem diversa com os infectados, não havendo uma associação clara de doença com o HTLV-II. Relatos recentes têm apontado sua participação em casos de mielopatia crônica semelhante à TSP/HAM. As implicações incertas do prognóstico para pessoas infectadas pelo vírus linfotrópico humano (HTLV-I/II) e suas formas de transmissão constituem um problema de saúde pública, principalmente em áreas consideradas endêmicas para esse vírus.
Twenty years after the discovery of the human T-cell lymphotropic virus type I, quite great progress has been achieved and many epidemiological, clinical and phylogenetic features are well known. Seroprevalence increases with age in endemic regions and is higher in women. Three diseases are clearly associated to the virus: tropical spastic paraparesis/myelophathy, adult T cell leukemia and uveitis. The transmission is similar to other retroviruses: contact with contaminated blood, sexual intercourse, and mother to child transmission, mainly through breastfeeding. The natural history of diseases associated to the human lymphotropic virus has not been well established yet. Further studies are required to estimate correctly the risk of infected carriers developing diseases in their life-time. In the last 5 years, reports have pointed towards the association of a syndrome like tropical spastic paraparesis and the human lymphotropic virus type II. The uncertain prognosis for people infected with both types of viruses and the transmission through sexual contact, blood transfusion and from mother to child make this infection a public health problem, mainly in endemic regions.
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