Artefilosofia | |
Soberba, poesia, desvio: | |
Debora Pazetto1  | |
[1] UDESC, Brasil; | |
关键词: política; pós-história; arte; língua; aparelho; | |
DOI : | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
Este artigo apresenta o modo como o conceito de arte foi trabalhado ontologicamente nos primeiros livros de Vilém Flusser, particularmente em Língua e Realidade e A História do Diabo, para, em seguida, apresentar como foi trabalhado politicamente em alguns textos das décadas de setenta e oitenta. Na fase inicial de seu pensamento, a alegoria flusseriana da teia e o diagrama do globo da língua mostram que a atividade artística (ou poética) cria língua, a qual constitui a totalidade da civilização, da cultura, da mente, da natureza, enfim, da realidade. Em textos posteriores, sobretudo os que são articulados em torno da noção de pós-história, a arte aparece como modo de emancipação em relação ao discurso tecnocrático – no qual o ser humano é estabelecido como funcionário, peça no interior de aparelho – e resgate de conhecimentos e práticas de um uso estritamente técnico, comercial e programado. As continuidades e diferenças entre essas perspectivas apontam para a urgência de se pensar a arte, atualmente, como reconstrução da política.
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