Homa Publica | |
Colonialismo e governo empresarial no Sul Global | |
Flávia do Amaral Vieira1  | |
[1] Universidade Federal do Pará | |
[2] Belém, Pará - Brasil; | |
关键词: Colonialismo; Neoliberalismo; Sul Global; | |
DOI : | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
Ao remontar às raízes que interligam os territórios latino-americanos, sobretudo o brasileiro, às lógicas operativas do capitalismo transnacional, nos aliamos a tese de Quijano, segundo a qual, a globalização em curso é, em primeiro lugar, a culminação de um processo que começou com a constituição da América e do capitalismo colonial/moderno e eurocentrado como um novo padrão de poder mundial. Nesse cenário, com o avanço do neoliberalismo e as grandes ondas de privatização, as corporações transnacionais se tornam uma das mais poderosas instituições do nosso tempo, com o apoio estratégico dos Estados. Um “mercado mundial” formado por um entrelaçamento de coalizões de entidades públicas e privadas promovem diferentes interesses de poderes estatais e econômicos, consolidando um “governo empresarial”, que exerce papel central na exploração e transferência das riquezas do Sul global para o Norte. Paralelamente a este processo, violações de direitos humanos causadas por estas empresas passam a ser cada vez mais contestados pela sociedade civil e por fóruns internacionais, objetivando romper com que vem sido chamado de “arquitetura da impunidade”, a partir da imposição de termos como governança e autorregulação. A partir de pesquisa bibliográfica, este artigo pretende analisar como operam as lógicas coloniais de normatização da atuação dessas empresas no Sul Global.
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