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Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre
Iniquidades socioeconômicas na saúde bucal de estudantes universitários do sul do Brasil
Mateus Costa Silveira1  Larissa Tavares Henzel1  Flávio Fernando Demarco2  Mariana Gonzalez Cademartori3  Helena Silveira Schuch3  Sarah Arangurem Karam3  Marcos Britto Correa3 
[1] Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Odontologia, Pelotas, RS, Brasil.;Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Pelotas, RS, Brasil.;Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Pelotas, RS, Brasil;
关键词: determinantes sociais da saúde;    inequidade social;    cárie dentária;    saúde bucal;   
DOI  :  10.22456/2177-0018.109536
来源: DOAJ
【 摘 要 】

Objetivo: Identificar a magnitude da associação entre experiência de cárie dentária e autopercepção negativa de saúde bucal com determinantes socioeconômicos.Métodos: Estudo transversal realizado com dados de uma coorte prospectiva com os universitários ingressantes na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no ano de 2016. Os dados foram coletados por meio de questionário autoaplicável, incluindo características demográficas, socioeconômicas e psicossociais. Os desfechos do presente estudo foram a experiência de cárie autorrelatada (histórico de doença cárie) e autopercepção de saúde bucal (positiva versus negativa).Resultados: Um total de 3.237 alunos ingressou, dos quais 2.089 (64,5%) concordaram em participar do estudo. O modelo de regressão de Poisson mostrou que universitários com renda familiar de R$1001,00 a 5000,00 e R$5001,00 ou mais apresentaram, respectivamente, uma razão de prevalência (RP) 14% (RP=0,86; IC95% 0,80-0,92) e 18% (RP=0,82; IC95% 0,74 a 0,90) menor de experiência de cárie, assim como indivíduos cujas mães tinham ensino médio completo apresentaram uma prevalência 14% menor (RP= 0,86; IC95% 0,80 a 0,92) e ensino superior completo 19% (RP= 0,81; IC95% 0,75 a 0,87) menor de experiência de cárie, quando comparados aos grupos de referência. Na autopercepção de saúde bucal, os resultados para renda familiar de R$1001 a 5000,00 e R$ 5001 ou mais apresentaram, respectivamente, uma prevalência 23% (RP= 0,77; IC95% 0,64 a 0,91) e 43% (RP= 0,57; IC95% 0,45 a 0,72) menor de ter autopercepção de saúde bucal negativa e indivíduos cujas mães tinham ensino superior completo reportaram uma prevalência 21% menor de autopercepção de saúde bucal negativa quando comparados à referência (RP= 0,79; IC95% 0,66 a 0,97).Conclusões: Os achados do presente estudo confirmam que os indicadores socioeconômicos influenciam a experiência de cárie autorrelatada e a autopercepção de saúde bucal dos universitários.

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