Ambiente & Sociedade | |
A sacralização da natureza e a 'naturalização' do sagrado: aportes teóricos para a compreensão dos entrecruzamentos entre saúde, ecologia e espiritualidade The "cultivating self": health, ecology and spirituality | |
关键词: Ecologia; Religião; Saúde; Fenomenologia; Subjetividade; Ecology; Religion; Health; Phenomenology; Self-perfectioning; | |
DOI : 10.1590/S1414-753X2008000200006 | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
O presente artigo discute as práticas de aperfeiçoamento de si e do cuidado com o ambiente, voltadas para a saúde e o bem estar físico, mental e espiritual. O foco desta discussão está dirigida para os pontos de interseção entre práticas ecológicas e religiosas, que dão origem a processos de sacralização da natureza e de "naturalização" do sagrado. O campo de interesse empírico são as práticas religiosas de grupos ecológicos e as práticas ecológicas de grupos religiosos. Elegemos como referenciais metodológicos e teóricos as contribuições da filosofia da percepção de Merleau-Ponty, da psicologia ecológica de Bateson, da antropologia fenomenológica de Thomas Csordas e da epistemologia ecológica de Tim Ingold, na medida em que estas perspectivas somam-se no intento de colapsar as dualidades mente e corpo, sujeito e ambiente, natureza e cultura. Encontramos no conceito de paisagem, enquanto corpo do mundo, um ponto de convergência destas diferentes abordagens. Assim, a hipótese que acionamos é a de que a paisagem, enquanto corpo do mundo, pode ser tomada como o solo da cultura, no sentido de que o sujeito humano, em sua condição corporal de ser no mundo, está não apenas implicado na paisagem, mas essa é a condição de seu engajamento no mundo e na cultura.
This paper aims at identifying practices for self-perfectioning and environmental care linked to physical as well as mental and spiritual health and well-being. It focuses on the points of intersection between ecological and religious practices that engender processes for the "sacralization of nature" and the "naturalization of the sacred". Our field of empirical interest is the one of religious practices of ecological groups and the ecological practices of religious groups. As theoretical and methodological references we chose contributions from Merleau-Ponty's philosophy of perception, Bateson's ecological psychology, Thomas Csordas' phenomenological anthropology and Tim Ingold's ecological epistemology, since these perspectives join in the purpose to break up the dualities mind/body, subject/environment, nature/culture. We encounter in the concept of landscape a point of convergence between these different approaches as a body of the world. Thus the hypothesis which we support is that the landscape, as a body of the world, may be taken as the soil of culture, in the sense that the human subject, in his or her corporeal condition of being of this world is not only set in the landscape, but the landscape is the very condition of his or her engagement in the world and in culture.
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