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A superação intuitiva da metafísica: o kantismo de Bergson | |
关键词: Bergson; Metafísica; Kant; Crítica; Duração; Intuição; | |
DOI : 10.1590/s0101-317320170002000012 | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
Resumo: O texto aqui apresentado analisa aspectos relevantes da complexa relação que Bergson estabelece com Kant. Defende-se a hipótese de que Bergson não pode ser considerado mero adversário do filósofo alemão, mas seu projeto filosófico tem como objetivo retomar a metafísica, levando em consideração os limites que a crítica kantiana lhe impôs. Nesse sentido, a Crítica da Razão Pura, à qual Bergson dedicou sua atenção, serve de guia e apoio para a colocação das questões propriamente metafísicas, as quais a filosofia da duração busca responder. Procuramos mostrar também que, se Bergson criticou Kant em vários momentos da sua obra, foi apenas na medida em que a Crítica o impedia e impedia os outros de avançar. A relação entre as interdições kantianas para a razão especulativa e as ilusões da inteligência dissolvidas em A Evolução Criadora revela como Kant condensa ilusões que existiam antes dele e que, nesse sentido, Bergson não é nem pré-crítico, nem pós-kantiano. Em suma, defendemos que Bergson desloca as análises críticas e rompe com Kant do interior de sua filosofia, que ele divide em duas tendências - uma que ele rejeita, como antiga, outra da qual ele se apropria.
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