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A arte entre estilistas e chefs: os repertórios da arte e a delimitação das fronteiras na gastronomia e na moda
Talitha Ferreira1  Juliana Miraldi1  Michel Nicolau Netto1  Bárbara Venturini Ábile2 
[1] ;UNICAMP;
关键词: Arte;    Fronteiras;    Campo;    Moda;    Gastronomia;   
DOI  :  10.34019/1981-2140.2020.32434
来源: DOAJ
【 摘 要 】

Este artigo tem como objetivo analisar as fronteiras simbólicas que são produzidas a partir de encontros do campo da arte com os campos da moda e da gastronomia. Elegemos como objetos de análise: no caso da moda, a parceria entre a marca de fast fashion Riachuelo e o Museu de Arte de São Paulo em 2017 chamada projeto Moda Masp; no caso da gastronomia, a obra “Restauro” na 32ª Bienal de São Paulo e a exposição “Alimentário” no Museu da Cidade, também em São Paulo. Esses encontros demonstram a articulação nesses campos de um repertório cultural legitimado e valorizado, produzido no campo da arte. É a partir desse repertório, que os agentes do campo da moda e da gastronomia traçam fronteiras simbólicas internas a seus campos, assegurando vantagens em suas disputas. Essas análises nos permitem concluir que: (i) esses encontros não ameaçam a autonomia do campo da arte, uma vez que dependem de seu reforço para que a arte continue sendo fonte de repertório cultural legítimo; (ii) a arte continua sendo importante fonte de capital cultural e distinção, se olharmos como seu repertório é utilizado para produção de fronteiras sociais a partir dos outros campos aqui analisados; (iii) esses encontros não produzem processos de artificação, na medida em que eles dependem da manutenção das fronteiras entre os campos para que haja eficácia simbólica na transferência da carga positiva atribuída ao ‘artista’ a estilistas e chefs.

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