Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade | |
Evidências sobre relaxantes musculares de uso ambulatorial: uma revisão da literatura | |
Lívia Helena Freitas da Silva Cascaes1  Jardel Corrêa de Oliveira1  | |
[1] Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis; | |
关键词: Fármacos Neuromusculares. Avaliação de Resultado de Intervenções Terapêuticas. Assistência Ambulatorial. Medicamentos para a Atenção Primária. Revisão; | |
DOI : 10.5712/rbmfc12(39)1500 | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
Objetivo: Avaliar as evidências sobre eficácia e efeitos adversos dos relaxantes musculares de uso oral disponíveis no Brasil para espasticidade, condições musculoesqueléticas, fibromialgia e cefaleia tensional. Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura a partir de revisões sistemáticas publicadas no Medline, BVS, biblioteca Cochrane e National Institute for Health and Care Excellence (NICE) até dezembro de 2016, que avaliaram os fármacos considerados relaxantes musculares pela Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) e disponíveis no Brasil na forma oral: ciclobenzaprina, tizanidina, carisoprodol, orfenadrina e baclofeno. Resultados: Foram identificados 20 estudos, sendo 17 revisões sistemáticas e três meta-análises. As evidências de eficácia dos relaxantes musculares consistem principalmente em estudos com concepção metodológica ruim. Estudos de comparação não mostraram que um relaxante muscular esquelético seja superior a outro. Ciclobenzaprina demonstrou eficácia em condições musculoesqueléticas, como dor miofascial mandibular, fibromialgia e dor lombar. Na fibromialgia, demonstrou benefício na melhora geral e no sono. No manejo da dor lombar, a ciclobenzaprina mostrou efeito modesto, mais presente nos quatro primeiros dias. Carisoprodol na dor lombar baixa não parece ter diferença de ciclobenzaprina, mas esse medicamento pode causar dependência. Baclofeno e tizanidina parecem ser eficazes em comparação com placebo e equivalentes em doentes com espasticidade. Conclusões: Os relaxantes musculares em geral, comparados a placebo ou entre si, apresentaram poucas evidências com estatística significante. Portanto, a seleção do medicamento deve ser baseada no perfil de efeitos adversos, preferência do paciente, potencial de abuso, potencial de interação com outros medicamentos, custo e outras características dos fármacos.
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