ENTRE CURTIR E COMPARTILHAR: UM OLHAR SOBRE A VISIBILIDADE, PRIVACIDADE E SUBJETIVIDADE CONTEMPORÂNEA NAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS

Pretextos

Márcia Aparecida de Cássia¹ 

[1] Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais;

关键词: redes sociais virtuais;    visibilidade;    subjetividade;    contemporaneidade;   

DOI  :  

来源: DOAJ

【 摘 要 】

Este estudo teve como objetivo investigar as motivações que levam os sujeitos a se inserirem nas redes sociais virtuais e compartilhar parte de sua intimidade. Buscou-se iden-tificar também mudanças na concepção de invasão de privacidade e as possíveis implicações subjetivas desse novo modo de ser e estar na sociedade atual. Para alcançar os objetivos pro-postos, foram realizadas pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo. Foram entrevistados três usuários que possuíam perfil ativo em redes sociais virtuais, com idade entre 18 e 30 anos, de ambos os sexos e com diferentes níveis de escolaridade. Todos concordaram em par-ticipar deste estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevis-tas foram gravadas, transcritas, analisadas e posteriormente categorizadas. A partir do método de análise de conteúdo, foram construídas as seguintes categorias: a rede social virtual como espaço para o laço social e entretenimento pessoal; o limite entre o publico e privado; a expe-riência de visibilidade nas redes virtuais e a subjetividade contemporânea. Os resultados obti-dos neste estudo apontam que, mais do que a possibilidade de interação social, os sujeitos inserem-se nas redes sociais virtuais também pela facilidade de compartilhamento da vida pessoal e a possibilidade de estar cada vez mais visível ao outro. Constatou-se que, mesmo que de um modo incipiente, utilizam as configurações de privacidade oferecidas por algumas redes, mas ainda optam por compartilhar sua intimidade nessas. Por fim, é notável que as fer-ramentas virtuais e o modo como o sujeito faz uso de seu espaço vêm, paulatinamente, pro-movendo a constituição e modulação de uma subjetividade cada vez mais exteriorizada, que se projeta buscando aceitação e aprovação nas redes virtuais nas quais o sujeito pertence.

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