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O homem arcaico e a sacralização da terra: conjecturas geográficas e evocações filosóficas a propósito do documentário “Seo Chico, um retrato”, de José Rafael Mamigonian | |
关键词: Geografia; Cinema; Filosofia; Mudanças; Permanências; Geography; Cinema; Philosophy; Change; Permanence; | |
DOI : | |
来源: DOAJ |
【 摘 要 】
O artigo tenta avaliar o conteúdo geográfico em um documentário cinematográfico sobre as fortes mudanças que, a partir de 1960, se vêem produzindo na ocupação da Ilha de Santa Catarina. Seo Chico, a personagem central, representa o enorme esforço de permanência no padrão açoreano de subsistência através da pesca, de uma lavoura arcaica e de incipientes agro-indústrias tais como os alambiques de cachaça de cana-de-açúcar e moinhos de farinha de mandioca. Basicamente a abordagem é um pretexto para focalizar a possível relação entre Ciência (Geografia) e Arte (Cinematografia) desde que a primeira visualiza o espaço através das “paisagens” e a segunda assenta na sucessão de “imagens”. Nesta difícil missão o autor recorre à Filosofia como mediadora nessa possível correlação. A obstinação de Seo Chico em perseguir uma “permanência” num avançado processo de “mudanças” assume dimensões trágicas com o assassinato da personagem, fato que resulta, ao mesmo tempo, tanto na ampliação do valor geográfico, quanto no conteúdo estético do documentário.
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