| Espaço Jurídico | |
| Entre o ébano e o marfim: igualdade como reconhecimento e a heteroidentificação complementar | |
| Gustavo Hermont Corrêa1  Gabrielle Oliveira Almeida2  | |
| [1] Centro Universitário Newton Paiva;Ministério Público de Minas Gerais; | |
| 关键词: Cotas raciais; Igualdade; Pardos; Pretos; Reconhecimento; | |
| DOI : 10.18593/ejjl.23132 | |
| 来源: DOAJ | |
【 摘 要 】
O presente artigo objetiva investigar, sob o paradigma da igualdade como reconhecimento jurídico, se a práxis afeta à política de cotas raciais no Brasil se amolda à gramática moral dos conflitos sociais apresentada por Honneth (2003), a partir das experiências relacionadas às formas de reconhecimento, desrespeito e luta emancipatória. Pretendemos, igualmente, analisar se a utilização do procedimento de heteroidentificação complementar, com base exclusivamente no fenótipo dos candidatos, prescreve quadros interpretativos distintos para pardos e pretos: reconhecimento jurídico para estes e tensões morais para aqueles. A fim de se alcançar este escopo, são estudadas, nesta ordem, as dimensões do princípio da igualdade, a gramática proposta por Honneth (2003) e o status sociorracial do grupo dos pardos e pretos, a partir do processo histórico no qual se desenvolve a moderna política de cotas raciais. É adotado o método dedutivo. Concluímos que o procedimento de heteroidentificação complementar contemporâneo pode não se amoldar às percepções raciais do grupo dos pardos, conformando incipiente tensão moral hábil ao engendramento da luta por reconhecimento.
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