| Cadernos de Psicologia Social do Trabalho | |
| Violências contra trabalhadores adoecidos e instrumentos de gestão | |
| Daniela Sanches Tavares1  Cristiane Queiroz Barbeiro Lima1  | |
| [1] Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho; | |
| 关键词: violência no trabalho; doenças do trabalho; saúde do trabalhador; | |
| DOI : 10.11606/issn.1981-0490.v22i1p81-97 | |
| 来源: DOAJ | |
【 摘 要 】
Trata-se de estudo realizado por demanda de um sindicato de trabalhadores metalúrgicos à Fundacentro, objetivando analisar as situações de violências vividas por trabalhadores adoecidos pelo trabalho em uma montadora de automóveis. Foram realizadas entrevistas com sindicalistas, visita à montadora, entrevistas individuais e coletivas com trabalhadores, validação dos dados. À luz da discussão sobre violências relacionadas ao trabalho e intensificação do trabalho, analisou-se sua relação com instrumentos de gestão. Com base na compreensão de gestão de Gaulejac e na perspectiva das evoluções conceituais sobre violência no trabalho, expressada por Soboll, entre outros, confirmaram-se práticas de exclusão e isolamento de trabalhadores adoecidos, humilhações e descaracterização das doenças relacionadas ao trabalho, deslegitimando e colocando os adoecidos sob suspeita. Instrumentos de gestão e elementos da cultura organizacional eram utilizados nestas práticas violentas caracterizando um modo de agir sistêmico que contribui para a cronificação de doenças e a geração de incapacidade, além de prejudicarem ações preventivas, tanto da própria empresa, como do Estado, pela ocultação de riscos e danos. Demandas dessa natureza são frequentes, evidenciando que a violência contra adoecidos pelo trabalho e o ocultamento de doenças do trabalho constituem sério problema social com impacto dramático nas vidas de trabalhadores e no sistema de saúde pública.
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