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Revista Brasileira de Cancerologia 卷:65
Evolução Clínica e Preditores da Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia
Tércia Moreira Ribeiro da Silva1  Mery Natali Silva Abreu2  Rodrigo Santiago Gomez3  Leonardo Dornas de Oliveira4  Antonio Lúcio Teixeira5  Delma Aurélia da Silva Simão6  Raissa Silva Souza7 
[1] Departamento Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte, MG, Brasil. ;
[2] Departamento de Enfermagem Aplicada da Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. ;
[3] Hospital das Clínicas da UFMG. Ambulatório de Cefaleia e Doenças Neuromusculares. Belo Horizonte (MG), Brasil. ;
[4] Hospital das Clínicas da UFMG. Ambulatório de Neurologia. Belo Horizonte (MG), Brasil. ;
[5] Laboratório Interdisciplinar de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. Neuropsychiatry Program, Department of Psychiatry and Behavioral Sciences, University of Texas Health Science Center at Houston. Houston, EUA. ;
[6] Laboratório Interdisciplinar de Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Departamento Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil.;
[7] Universidade Federal de São João Del-Rei. Divinópolis (MG), Brasil. ;
关键词: Neoplasias;    Doenças do Sistema Nervoso Periférico;    Antineoplásicos;    Síndromes Neurotóxicas;    Tratamento Farmacológico;   
DOI  :  10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.392
来源: DOAJ
【 摘 要 】

Introdução: Drogas antineoplásicas neurotóxicas estão frequentemente associadas à neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ). Objetivo: Avaliar a evolução clínica dos pacientes expostos a tratamento antineoplásico potencialmente neurotóxico e identificar possíveis preditores clínicos e sociodemográficos para o desenvolvimento da NPIQ. Método: Estudo de coorte prospectiva com pacientes com diagnóstico de câncer de mama, ovário ou intestino em tratamento quimioterápico com paclitaxel, docetaxel ou oxaliplatina. Foram avaliados antes da quimioterapia (T1), no terceiro mês (T2) e 30-60 dias após interrupção do tratamento (T3). Todos responderam ao questionário de perfis sociodemográfico e clínico, foram avaliados por meio de exame clínico neurológico, pela escala de performance ECOG, escala hospitalar de ansiedade e depressão (HAD), escala de dor Short-cGuill, autorrelato de sintomas de NPIQ e avaliação com o questionário de neurotoxicidade induzida por antineoplásicos (CINQ). Resultados: Por meio de autorrelato, 75% da dos pacientes informaram apresentar sintomas de NPIQ. O CINQ evidenciou que 90% apresentaram algum grau de NPIQ em T2, enquanto 82,5% ainda persistiam em T3. Dor neuropática acometeu 42% da população (RR=1,429; IC95%=1,130-1,806). Os escores de ansiedade e depressão reduziram significativamente quando comparados ao início de tratamento (redução de 2,5 pontos na escala HAD, p<0,05). A capacidade funcional da população não mostrou alterações significativas. No T2, a escolaridade foi considerada preditora para autorrelato de sintomas de NPIQ (OR=1,314, IC95%=1,002-1,723, p=0,048). Conclusão: A baixa escolaridade pode comprometer a capacidade do paciente em relatar os sintomas da NPIQ. Este estudo chama a atenção para a necessidade de utilização de instrumentos específicos para detecção precoce da NPIQ.

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