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Revista Panamericana de Salud Pública 卷:43
Mortalidade por hanseníase em contextos de alta endemicidade: análise espaço-temporal integrada no Brasil
Elaine Silva Nascimento Andrade1  Carmelita Ribeiro Filha1  Sebastião Alves de Sena Neto2  Eliana Amorim de Souza3  Francesco Corona4  Léia Gadelha Teixeira5  Mauricélia da Silveira Lima6  Alberto Novaes Ramos Jr.6  Anderson Fuentes Ferreira6  Gabriela Soledad Márdero García6  Adriana da Silva dos Reis6 
[1] Governo do Estado de Rondônia, Agência Estadual de Vigilância em Saúde, Porto Velho (RO), Brasil.;
[2] Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Brasília (DF), Brasil.;
[3] Universidade Federal da Bahia, Instituto Multidiciplinar em Saúde - Campus Anísio Teixeira, Vitória da Conquista (BA), Brasil.;
[4] Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Computação, Fortaleza (CE), Brasil.;
[5] Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Departamento de Enfermagem, Fortaleza (CE), Brasil.;
[6] Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-​Graduação em Saúde Pública, Fortaleza (CE), Brasil.;
关键词: hanseníase;    estudos de séries temporais;    análise espacial;    epidemiologia;    mortalidade;    brasil;   
DOI  :  10.26633/RPSP.2019.87
来源: DOAJ
【 摘 要 】

RESUMO Objetivo. Descrever as tendências temporais e os padrões espaciais da mortalidade relacionada à hanseníase nas regiões Norte e Nordeste do Brasil de 2001 a 2017.Métodos. Estudo ecológico misto de base populacional, de tendência temporal e espacial, baseado em dados secundários de declarações de óbito (DO) do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM). As DO foram examinadas para extração dos registros de hanseníase como causa básica e associada de morte.Resultados. Foram registrados 4 907 óbitos relacionados à hanseníase no período de interesse, 59,3% como causa associada. A hanseníase não especificada (A30.9) foi a causa mais citada nas declarações de óbito (causa básica: 72,7%; causa associada: 76,1%). Verificou-se risco acrescido de mortalidade por hanseníase em pessoas do sexo masculino, com idade ≥60 anos e de raça/cor preta ou parda. A tendência temporal por análise de pontos de inflexão (joinpoints) apresentou incremento na tendência geral da mortalidade na região Nordeste e nos estados de Tocantins, Maranhão, Alagoas e Bahia, assim como no sexo masculino. Para a distribuição espacial das taxas de mortalidade ajustadas por idade e sexo, assim como para as análises das médias móveis espaciais e da razão de mortalidade padronizada, padrões acima da média da área de estudo foram identificados para Acre, Rondônia, sul do estado do Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, sul do Ceará e regiões do norte e sul da Bahia.Conclusões. A mortalidade por hanseníase nas regiões Norte e Nordeste é expressiva e persistente, com padrão focal de ocorrência em territórios e populações com maior vulnerabilidade. Ressalta-se a necessidade de fortalecer a atenção integral à hanseníase na rede de atenção do Sistema Único de Saúde dessas regiões.

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