Revista Brasileira de Epidemiologia | |
Fatores associados ao acesso precário aos serviços de saúde no Brasil | |
article | |
Marianny Nayara Paiva Dantas1  Dyego Leandro Bezerra de Souza2  Ana Mayara Gomes de Souza1  Kezauyn Miranda Aiquoc1  Talita Araujo de Souza3  Isabelle Ribeiro Barbosa4  | |
[1] Graduate Program in Collective Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal (RN);Department of Collective Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal (RN);Graduate Program in Health Sciences, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal (RN);Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Santa Cruz (RN) | |
关键词: Health services accessibility; Health status disparities; Unified Health System; Health surveys.; | |
DOI : 10.1590/1980-549720210004 | |
学科分类:社会科学、人文和艺术(综合) | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
Objetivo: Analisar os fatores associados ao acesso precário aos serviços de saúde pela população brasileira de 19 anos ou mais. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013, obtidos de uma amostragem complexa. O desfecho acesso precário foi definido como não ter conseguido atendimento na última vez que procurou e não ter tentado novo atendimento por falta de acessibilidade. Foi analisada a prevalência do acesso precário e sua associação com fatores socioeconômicos e de saúde, por meio do cálculo da razão de prevalências (RP) com intervalos de confiança de 95%. Aplicou-se, ainda, o modelo multivariado pela regressão de Poisson, com teste de Wald para estimação robusta. Resultados: Das 60.202 respostas válidas, 12.435 indivíduos enquadraram-se nos critérios do acesso precário. A prevalência do acesso precário foi de 18,1% (IC95% 16,8 – 19,4) e associou-se com os seguintes fatores: ter cor da pele preta/parda (RP = 1,2; IC95% 1,0 – 1,4); residir na região Norte (RP = 1,5; 1,3 – 1,9) e Nordeste (RP = 1,4; 1,2 – 1,6) em relação à região Sudeste; viver na zona rural (RP = 1,2; 1,1 – 1,4); ser fumante (RP = 1,2; 1,0 – 1,4); ter autoavaliação de saúde ruim/muito ruim (RP = 1,3; 1,1 – 1,6); não ter plano de saúde privado (RP = 2,3; 1,7 – 2,9). Conclusão: O acesso aos serviços de saúde ainda é precário para uma parcela considerável da população brasileira, com destaque para a população mais vulnerável.
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