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Cadernos de Saúde Pública
Esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil: tendências históricas e medidas de controle
Eduardo H. Carmo1  Maurício L. Barreto1 
[1] ,Universidade Federal da Bahia Departamento de Medicina Preventiva Salvador BA ,Brasil
关键词: Esquistossomose;    Schistosoma mansoni;    Controle;    Tendências Históricas;    Distribuição Espacial;    Avaliação Epidemiológica;    Schistosomiasis;    Schistosoma mansoni;    Control;    Historical Trends;    Spatial Distribution;    Epidemiologic Assessment;   
DOI  :  10.1590/S0102-311X1994000400002
来源: SciELO
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【 摘 要 】

Visando a contribuir para o aperfeiçoamento das estratégias de controle da esquistossomose mansônica, foram estudadas as modificações no padrão de distribuição das prevalências municipais no Estado da Bahia no período de 1950 a 1994, seus determinantes e o efeito da quimioterapia em larga escala. Verificou-se redução da prevalência média de esquistossomose para o estado como um todo, de 15,6% para 9,5%, no período de estudo. Não foram observadas modificações substanciais no padrão básico de distribuição espacial da prevalência. Entretanto, em municípios do oeste, sudoeste e litoral norte do estado, verificou-se aumento da prevalência, indicando o surgimento de novas áreas de transmissão. Comparando-se as variações das prevalências municipais de acordo com a utilização da quimioterapia em larga escala, verificou-se que houve redução na Bacia do Paraguaçu, onde vem sendo intensamente adotada tal medida, em proporção semelhante ao que foi observado para algumas áreas sem quimioterapia. As análises de correlação e regressão utilizadas não evidenciaram associação entre a quimioterapia e a variação da prevalência, observando-se correlações significativas entre esta última variável e a dinâmica populacional. Esses resultados indicam que a redução da prevalência de esquistossomose no estado não pode ser atribuída exclusivamente à utilização de quimioterapia, mas deve contemplar a articulação com os fatores relacionados à organização do espaço, que contribuem para diminuir o risco de transmissão. A forma incompleta e espacialmente desigual que caracteriza o processo de urbanização, aliada à intensa mobilidade da população, possibilita a disseminação da esquistossomose mansônica para novas áreas de transmissão, como evidenciado no Estado da Bahia.

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