Jornal Brasileiro de Nefrologia | |
Manifestações clínicas e evolução da infecção pelo vírus da influenza A (H1N1) em receptores de transplante renal | |
Tainá Veras De Sandes Freitas1  Gislaine Ono1  Luci Corrêa1  Pollyane Sousa Gomes1  Nelson Zocoler Galante1  Hélio Tedesco-silva1  Luís Fernando Aranha Camargo1  José Osmar Medina-pestana1  | |
[1] ,Universidade Federal de São Paulo Departamento de Medicina | |
关键词: infecções respiratórias; vírus da influenza A subtipo H1N1; fatores de risco; transplante de rim; imunossupressão; respiratory tract infections; influenza A virus; H1N1 subtype; risk factors; kidney transplantation; immunosuppression; | |
DOI : 10.1590/S0101-28002011000200004 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
INTRODUÇÃO: A emergência do surto pandêmico de influenza A, subtipo H1N1, em abril de 2009, representou um grande desafio para a logística de saúde pública. Embora a maioria dos pacientes infectados apresente manifestações clínicas e evolutivas muito semelhantes às observadas na influenza sazonal, um número significativo de indivíduos evolui com pneumonia e insuficiência respiratória aguda severa. O impacto da infecção pelo vírus influenza A, subtipo H1N1, em pacientes imunossuprimidos não é determinado. MÉTODOS: Neste estudo, foram analisadas a apresentação clínica e a evolução da influenza A, subtipo H1N1, em 19 receptores de transplante renal. Os pacientes receberam confirmação diagnóstica pela técnica de RT-PCR. O manejo clínico incluiu terapêutica antiviral com fosfato de oseltamivir e antibióticos. RESULTADOS: A população estudada foi predominantemente de indivíduos do sexo masculino (79%), brancos (63%), com idade média de 38,6 ± 17 anos e portadores de pelo menos uma comorbidade (53%). A infecção por influenza A, subtipo H1N1, foi diagnosticada em média 41,6 ± 49,6 meses após o transplante. Os sintomas mais comuns foram: tosse (100%), febre (84%), dispneia (79%) e mialgia (42%). Disfunção aguda do enxerto foi observada em 42% dos pacientes. Cinco pacientes (26%) foram admitidos em Unidade de Terapia Intensiva, dois (10%) necessitaram de suporte com ventilação invasiva e dois (10%) receberam drogas vasoativas. A mortalidade foi de 10%. CONCLUSÕES: A disfunção aguda do enxerto renal foi um achado frequente, e as características clínicas, laboratoriais e evolutivas foram comparáveis às da população geral.
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