Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia | |
Correlação entre o Diagnóstico Histológico da Biópsia e o da Conização por Cirurgia de Alta Freqüência por Alça (CAF) no Tratamento da Neoplasia Intra-epitelial Cervical | |
Cássia Raquel Teatin Juliato1  Julio Cesar Teixeira1  Sophie Françoise Mauricette Derchain1  Sérgio Bruno Barbosa1  Edson Zangiacomi Martinez1  Kazue Panetta1  Liliana Al De Angelo-andrade1  | |
关键词: Lesões pré-neoplásicas; Cirurgia de alta freqüência; Colpocitologia; Colposcopia; Câncer: rastreamento; Colo: câncer; Cervical intraepithelial neoplasia; Cervical neoplasia; Colposcopy; Cancer screening; Loop electro-surgical cone biopsy; | |
DOI : 10.1590/S0100-72032000000200002 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
Objetivos: avaliar a utilização da conização por cirurgia de alta freqüência por alça (CAF) na neoplasia intra-epitelial cervical (NIC), a importância do comprometimento das margens de ressecção e o seguimento das pacientes. Métodos: foram avaliadas 95 mulheres submetidas à CAF por NIC entre janeiro de 1996 e dezembro de 1997. Para análise estatística, utilizamos o coeficiente de concordância kappa e o teste de tendência de Cochran Armitage. Resultados: dos 63 casos submetidos à biópsia dirigida antes da conização, o cone por CAF apresentou lesões mais graves que a biópsia em 24 casos, sendo um caso microinvasor, e em 8 mulheres a biópsia eliminou a lesão. Entre as pacientes submetidas à conização com biópsia prévia compatível com cervicite ou NIC 1, 14/25 (56%) apresentavam NIC 2 ou 3. Das 32 mulheres que não tinham biópsia prévia, 15 apresentavam NIC 2 ou 3, e quatro, carcinoma microinvasor no cone. Em relação às margens do cone, 25 casos (26%) apresentaram margens endocervicais comprometidas e quanto maior o grau da lesão cervical maior a possibilidade de presença de lesão nas margens (p = 0,024). Dessas pacientes, 2 de 10 submetidas a novo procedimento apresentavam doença residual na peça cirúrgica. Entre as 70 pacientes com margens livres foram realizadas três conizações a frio e uma histerectomia e duas apresentavam doença residual na peça cirúrgica. Conclusões: a conização por CAF sem biópsia prévia depende da combinação entre o diagnóstico citológico e a experiência do colposcopista e, em princípio, deve ser reservada para os casos em que a colpocitologia e a colposcopia são concordantes e compatíveis com NIC 2 ou 3. Por outro lado, a ampliação cirúrgica pós-CAF no tratamento da NIC não é determinada exclusivamente pelo comprometimento das margens, mas sim pelo seguimento, excluindo-se os casos de microinvasão e lesões glandulares que se beneficiam com a avaliação histológica posterior.
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