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Iheringia. Série Zoologia
Biologia populacional do caranguejo Armases angustipes (Crustacea, Decapoda, Sesarmidae) na costa tropical brasileira
Marina De Sá Leitão C. De Araújo2  Deusinete De O. Tenório1  Daniela Da S. Castiglioni1 
[1] ,Universidade de Pernambuco Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia de Garanhuns Departamento de Ciências Exatas e NaturaisGaranhuns PE ,Brasil
关键词: Dinâmica populacional;    período reprodutivo;    sesarmídeo;    Population dynamics;    reproductive period;    sesarmid;   
DOI  :  10.1590/1678-476620141042150161
来源: SciELO
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【 摘 要 】

Os caranguejos semiterrestres são importantes elementos da fauna em regiões costeiras. O objetivo do presente trabalho foi analisar a estrutura populacional do caranguejo Armases angustipes (Dana, 1852) nos estuários dos rios Ariquindá, considerada uma área não impactada, e Mamucabas, considerada uma área pouco impactada, localizados no litoral sul do Estado de Pernambuco, Brasil. A espécie ocorreu em todos os meses do ano em ambos os estuários. O número de indivíduos variou entre os meses, sendo maior nos meses de transição entre as estações do ano. Isso, provavelmente, é devido às variações sazonais significativas da temperatura do ar e da toca e da salinidade da toca. Não houve dimorfismo sexual relativo aos tamanhos de A. angustipes no manguezal do Rio Ariquindá, mas os machos foram maiores do que as fêmeas no manguezal do Rio Mamucabas. Em ambos os estuários, a proporção sexual não diferiu da proporção mendeliana, mas mostrou um desvio para as fêmeas. A análise da variação temporal na proporção sexual pôde evidenciar diferenças significativas em alguns meses do ano. Essas variações ocorrem devido a eventos cíclicos que atuam distintamente sobre cada sexo. Em ambos os estuários, as classes de tamanho de largura de carapaça foram igualmente representadas por ambos os sexos. As fêmeas ovígeras de A. angustipes só ocorreram em alguns meses do ano, especialmente no verão, em ambos os estuários. Provavelmente, a maior produtividade primária observada no verão favorece a atividade reprodutiva, uma vez que estas algas servem como alimento para as larvas. Os espécimes da população do rio Ariquindá são mais longos e mais largos do que os do rio Mamucabas. Este fato, associado à menor abundância de caranguejos e menor frequência de fêmeas ovígeras observadas no rio Mamucabas, é um indicativo de que esta população pode estar sendo influenciada pelos impactos ambientais que este estuário tem recebido.

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