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Revista de Saúde Pública
Reflexões metodológicas sobre prevalência da fluorose dentária nos inquéritos de saúde bucal
Cláudia Helena Soares De Morais Freitas1  Fábio Correia Sampaio1  Angelo Giuseppe Roncalli1  Samuel Jorge Moysés1 
关键词: Fluorose Dentária;    epidemiologia;    Inquéritos de Saúde Bucal;    métodos;    Reprodutibilidade dos Testes;    Saúde Bucal;    Fluorosis Dental;    epidemiología;    Encuestas de Salud Bucal;    métodos;    Reproducibilidad de Resultados;    Salud Bucal;    Fluorosis;    Dental;    epidemiology;    Dental Health Surveys;    methods;    Reproducibility of Results;    Oral Health;   
DOI  :  10.1590/S0034-8910.2013047004359
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Analisar limitações do estudo de fluorose dentária em inquéritos transversais. MÉTODOS: Foram utilizados dados dos estudos Condições de Saúde Bucal da População Brasileira (SBBrasil 2003) e da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010). A estimativa de tendência epidemiológica da fluorose na população de 12 anos, aspectos da confiabilidade dos dados, bem como a precisão das estimativas, foram avaliadas nessas duas pesquisas. A distribuição da prevalência de fluorose foi feita segundo os domínios de estudo (capitais e regiões) e o ano estudado. Foram expressos também os intervalos de confiança (IC95%) para a prevalência simples (sem considerar os estágios de gravidade). RESULTADOS: A prevalência da fluorose dentária apresentou uma variação considerável, de 0% a 61% em 2003 e de 0% e 59% em 2010. Foram observadas inconsistências nos dados em termos individuais (por ano e por domínio) e no comportamento da tendência. Considerando a expectativa de prevalência e os dados disponíveis nas duas pesquisas, o tamanho mínimo da amostra deveria ser de 1.500 indivíduos para se obterem intervalos de 3,4% e 6,6% de confiança, considerando um coeficiente de variação mínimo de 15%. Dada a subjetividade na natureza de sua classificação, exames de fluorose dentária podem apresentar mais variação do que aqueles realizados para outras condições de saúde bucal. O poder para estabelecer diferenças entre os domínios do estudo com a amostra do SBBrasil 2010 é bastante limitado. CONCLUSÕES: Não foi possível analisar a tendência da fluorose dentária no Brasil com base nos estudos de 2003 e 2010; esses dados são apenas indicadores exploratórios da prevalência de fluorose. A comparação fica impossibilitada pelo fato de terem sido utilizados modelos de análise diferentes nos dois inquéritos. A investigação da fluorose dentária em inquéritos de base populacional não é viável técnica nem economicamente, a realização de estudos epidemiológicos localizados com plano amostral é mais adequada.

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