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Revista de Saúde Pública
Febre amarela silvestre: reemergência de transmissão no estado de São Paulo, Brasil, 2009
Melissa Mascheretti1  Ciléa H Tengan1  Helena Keiko Sato1  Akemi Suzuki1  Renato Pereira De Souza1  Marina Maeda1  Roosecelis Brasil1  Mariza Pereira1  Rosa Maria Tubaki1  Dalva M V Wanderley1  Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza1  Ana Freitas Ribeiro1 
关键词: Febre Amarela;    epidemiologia;    Surtos de Doenças;    Zoonoses;    Reservatórios de Doenças;    Vetores de Doenças;    Doenças Transmissíveis Emergentes;    Fiebre Amarilla;    epidemiología;    Brotes de Enfermedades;    Zoonosis;    Reservorios de Enfermedades;    Vectores de Enfermedades;    Enfermedades Transmisibles Emergentes;    Yellow Fever;    epidemiology;    Disease Outbreaks;    Zoonoses;    Disease Reservoirs;    Disease Vectors;    Communicable Diseases;    Emerging;   
DOI  :  10.1590/S0034-8910.2013047004341
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO Descrever a investigação do surto de febre amarela silvestre e as principais medidas de controle realizadas no estado de São Paulo. MÉTODOS Estudo descritivo do surto de febre amarela silvestre na região sudoeste do estado, entre fevereiro e abril de 2009. Foram avaliados casos suspeitos e confirmados em humanos e primatas não humanos. A investigação entomológica, em ambiente silvestre, envolveu captura em solo e copa de árvore para identificação das espécies e detecção de infecção natural. Foram realizadas ações de controle de Aedes aegypti em áreas urbanas. A vacinação foi direcionada para residentes dos municípios com confirmação de circulação viral e nos municípios contíguos, conforme recomendação nacional. RESULTADOS Foram confirmados 28 casos humanos (letalidade 39,3%) em áreas rurais de Sarutaiá, Piraju, Tejupá, Avaré e Buri. Foram notificadas 56 mortes de primatas não humanos, 91,4% do gênero Alouatta sp . A epizootia foi confirmada laboratorialmente em dois primatas não humanos, sendo um em Buri e outro em Itapetininga. Foram coletados 1.782 mosquitos, entre eles Haemagogus leucocelaenus , Hg. janthinomys/capricornii , Sabethes chloropterus , Sa. purpureus e Sa. undosus . O vírus da febre amarela foi isolado de um lote de Hg. leucocelaenus procedente de Buri. A vacinação foi realizada em 49 municípios, com 1.018.705 doses aplicadas e o registro de nove eventos adversos graves pós-vacinação. CONCLUSÕES Os casos humanos ocorreram entre fevereiro e abril de 2009 em áreas sem registro de circulação do vírus da febre amarela há mais de 60 anos. A região encontrava-se fora da área com recomendação de vacinação, com alto percentual da população suscetível. A adoção oportuna de medidas de controle permitiu a interrupção da transmissão humana em um mês, assim como a confirmação da circulação viral em humanos, primatas não humanos e mosquitos. Os isolamentos facilitaram a identificação das áreas de circulação viral, mas são importantes novos estudos para esclarecer a dinâmica de transmissão da doença.

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