Revista de Saúde Pública | |
Sisprenatal como instrumento de avaliação da qualidade da assistência à gestante | |
Carla Betina Andreucci2  Jose Guilherme Cecatti2  Camila Elias Macchetti1  Maria Helena Sousa1  | |
[1] ,Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências Médicas Programa de TocoginecologiaCampinas SP ,Brasil | |
关键词: Cuidado Pré-Natal; Humanização da Assistência; Avaliação de Processos e Resultados; Acesso aos Serviços de Saúde; Sistemas de Informação; Qualidade da Assistência à Saúde; Prenatal Care; Humanization of Assistance; Outcome and Process Assessment; Health Services Accessibility; Information Systems; Quality of Health Care; Atención Prenatal; Humanización de la Atención; Evaluación de Procesos y Resultados; Accesibilidad a los Servicios de Salud; Sistemas de Información; Calidad de la Atención de Salud; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102011005000064 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Avaliar a cobertura do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento segundo o cumprimento dos seus requisitos mínimos e indicadores de processo, comparando as informações do cartão da gestante com os do Susprenatal. MÉTODOS: Estudo transversal com dados do pré-natal de 1.489 puérperas internadas para parto pelo Sistema Único de Saúde entre novembro de 2008 e outubro de 2009 no município de São Carlos, SP. Os dados foram coletados no cartão da gestante e depois no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (Sisprenatal). As informações das duas fontes foram comparadas utilizando o teste de Χ² de McNemar para amostras relacionadas. RESULTADOS: A cobertura de pré-natal em relação ao número de nascidos vivos foi de 97,1% de acordo com o cartão de pré-natal e de 92,8% segundo o Sisprenatal. Houve diferença significativa entre as fontes de informação para todos os requisitos mínimos do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, e também na comparação dos indicadores de processo. Com exceção da primeira consulta de pré-natal, o cartão de pré-natal sempre apresentou registro de informações superior ao do Sisprenatal. A proporção de mulheres com seis ou mais consultas de pré-natal e com todos os exames básicos foi de 72,5% pelo cartão de pré-natal e de 39,4% pelo sistema oficial. Essas diferenças mantiveram-se para as cinco áreas regionais de saúde do município. CONCLUSÕES: O Sisprenatal não foi uma fonte segura para avaliação da informação disponível sobre acompanhamento na gestação. Houve grande adesão ao Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, mas a documentação da informação foi insuficiente quanto a todos os requisitos mínimos e indicadores de processo. Após dez anos da criação do programa, cabe agora aos municípios adequar a qualidade da assistência e capacitar seus profissionais para a correta documentação de informação em saúde.
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