Revista de Saúde Pública | |
Dialética da autonomia dos equilíbrios nos conflitos entre pacientes e cirurgiões oncológicos | |
Paulo Roberto Vasconcellos-silva2  Paula Travassos De Lima Nolasco1  | |
[1] ,Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Departamento de Medicina Especializada Escola de Medicina e CirurgiaRio de Janeiro RJ ,Brasil | |
关键词: Relações Médico-Paciente; Recusa do Paciente ao Tratamento; Recusa do Paciente ao Tratamento; Pacientes; Neoplasias; Barreiras de Comunicação Paternalismo; Ética Médica; Pesquisa Qualitativa; Physician-Patient Relations; Treatment Refusal; Treatment Refusal; Patients; Neoplasms; Communication Barriers; Paternalism; Ethics; Medical; Qualitative Research; Relaciones Médico-Paciente; Negativa del Paciente al Tratamiento; Negativa del Paciente al Tratamiento; Pacientes; Neoplasias; Barreras de Comunicación Paternalismo; Ética Médica; Investigación Cualitativa; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102009005000047 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Compreender diferentes lógicas de autonomia presentes nos conflitos entre prescrições cirúrgicas e expectativas de pacientes com diagnóstico de câncer. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo, no qual foram realizadas 11 entrevistas semi-estruturadas com cirurgiões oncológicos especializados em tumores de cabeça e pescoço da cidade do Rio de Janeiro, RJ, entre 2000 e 2005. Os participantes foram selecionados por chain sampling e a interrupção do trabalho de campo obedeceu ao critério de saturação. Utilizando-se a técnica de análise de discurso, buscou-se identificar as premissas estruturantes do conceito de autonomia, que comporiam uma dialética discursiva no contexto dos pacientes que relutam em se submeter a cirurgias consideradas mutiladoras. ANÁLISE DOS RESULTADOS: Inicialmente, os cirurgiões exibiram assertivas padronizadas, centradas em conceitos deontológicos de autonomia. À medida que narravam suas experiências, foram observados auto-questionamentos que expunham contradições quanto ao conceito cotidiano de "ressecabilidade informada". Neste ponto os discursos padronizados se deixam permear por auto-questionamentos sobre a necessidade de um retorno ao equilíbrio existencial prejudicado pelo câncer. CONCLUSÕES: As narrativas expressaram demandas por uma "autonomia de equilíbrios" na forma de um semi-projeto não idealizável aprioristicamente, embora dependente de interações com o outro. Os resultados indicam a necessidade de reflexão perante o conceito de autonomia como premissa linear, categórica e individual que, embora superficialmente elaborada, têm governado as ações cotidianas.
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