Revista de Saúde Pública | |
Perfil dos atendimentos a acidentes de transporte terrestre por serviços de emergência em São Paulo, 2005 | |
Vilma Pinheiro Gawryszewski2  Herlander Manoel Mendes Coelho1  Sandro Scarpelini1  Renato Zan1  Maria Helena Prado De Mello Jorge1  Eugênia Maria Silveira Rodrigues1  | |
[1] ,Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo Centro de Vigilância Epidemiológica São Paulo SP ,Brasil | |
关键词: Acidentes de Trânsito; Fatores de Risco; Primeiros Socorros; Serviços Médicos de Emergência; Causas Externas; Traffic Accidents; Risk Factors; First Aid; Emergency Medical Care; External Causes; Accidentes de Tránsito; Factores de Riesgo; Primeros Auxilios; Servicios Médicos de Urgencia; Causas Externas; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102009000200008 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Analisar as características dos atendimentos decorrentes de lesões relacionadas com transporte terrestre. MÉTODOS: Foram analisados 5.934 atendimentos em quatro unidades de emergências hospitalares do estado de São Paulo, em 2005. O instrumento utilizado foi um questionário baseado em modelos disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde. As variáveis analisadas foram: tipo de usuário (ocupante de veículo, pedestre, motociclista e ciclista), sexo e faixa etária e tipo de lesão sofrida. Foi utilizada análise de regressão logística para testar associações entre variáveis. Foram calculadas as odds ratios com os respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: A maior parte dos atendimentos foram para o sexo masculino (74,2%) e para a faixa de 20 a 29 anos (35,0%). Os usuários vulneráveis do sistema responderam por 72,4% do total de casos (motociclistas 29,8%, pedestres 24,1% e ciclistas 18,5%). As vítimas com idades entre zero e 14 anos que sofreram lesões eram principalmente pedestres e ciclistas; entre 15 e 39 anos predominaram os motociclistas e na faixa acima de 50 anos, pedestres. Cerca de metade dos casos sofreram lesões de menor gravidade (entorses, luxações, contusões e cortes) e a outra metade foi composta por fraturas, traumatismos crânio-encefálico e lesões de órgãos internos. As extremidades foram o segmento do corpo mais atingido, especialmente entre motociclistas. A maioria dos casos recebeu alta diretamente do setor de atendimento (87,6%). Em comparação às mulheres, os homens apresentaram chance 1,5 vezes maior de serem internados, transferidos ou morrerem. Comparativamente aos ciclistas, os pedestres e os ocupantes de veículos e motociclistas apresentaram chance, respectivamente, 2,7, 2,4 e 1,9 vezes maior de serem internados, transferidos ou de morrerem. CONCLUSÕES: Entre as prioridades para a redução das lesões relacionadas ao transporte terrestre devem figurar medidas voltadas para a proteção dos usuários vulneráveis do sistema.
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