Revista de Saúde Pública | |
Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil | |
Lilia Blima Schraiber2  Ana Flávia P L D'oliveira2  Ivan França-junior1  Simone Diniz1  Ana Paula Portella1  Ana Bernarda Ludermir1  Otávio Valença1  Márcia Thereza Couto2  | |
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Departamento de Medicina PreventivaSão Paulo SP ,Brasil | |
关键词: Mulheres maltratadas; Violência contra a mulher; Maus-tratos conjugais; Violência doméstica; Estudos transversais; Battered women; Violence against women; Spouse abuse; Domestic violence; Cross-sectional studies; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102007000500014 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Analisar os resultados do WHO Multi-country Study on Women´s Health and Domestic Violence sobre a prevalência da violência contra mulheres por parceiros íntimos encontrada no Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal integrante do WHO Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence against women, realizado em dez países, entre 2000-2003. Em todos os locais foi utilizado questionário estruturado padronizado, construído para o estudo. Para conhecer contrastes internos a cada país, a maior cidade e uma região rural foram investigadas, sempre que factível. Foi selecionada amostra representativa da cidade de São Paulo e de 15 municípios da Zona da Mata de Pernambuco constituída por mulheres de 15 a 49 anos de idade. Foram incluídas 940 mulheres de São Paulo e 1.188 de Pernambuco, que tiveram parceria afetivo-sexual alguma vez na vida. A violência foi classificada nos tipos psicológica, física e sexual, sendo analisadas suas sobreposições, recorrência dos episódios, gravidade e época de ocorrência. RESULTADOS: Mulheres de São Paulo e Pernambuco relataram, respectivamente, ao menos uma vez na vida: violência psicológica (N=383; 41,8% e N=580; 48,9%), física (266; 27,2% e 401; 33,7%); sexual (95; 10,1% e 170; 14,3%). Houve sobreposição dos tipos de violência, que parece associada às formas mais graves de violência. A maior taxa da forma exclusiva foi, para São Paulo e Pernambuco, a da violência psicológica (N=164; 17,5% e N=206; 17,3%) e a menor da violência sexual (N=2;0,2% e 12; 1,0%) CONCLUSÕES: Os resultados mostram a violência como um fenômeno de alta freqüência. Os achados reiteram estudos internacionais anteriores quanto à grande magnitude e superposições das violências por parceiro íntimo.
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