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Revista de Saúde Pública
Sustentabilidade da política de acesso a medicamentos anti-retrovirais no Brasil
Alexandre Grangeiro2  Luciana Teixeira1  Francisco I. Bastos1  Paulo Teixeira1 
[1] ,Secretaria de Estado da Saúde Instituto de Saúde São Paulo SP ,Brasil
关键词: Agentes anti-HIV;    Agentes anti-HIV;    Política de saúde;    Programas nacionais de saúde;    Gastos em saúde;    Custos de cuidados de saúde;    Custos de medicamentos;    Planejamento socioeconômico;    Economia Farmacêutica;    Brasil;    Anti-HIV agents;    Anti-HIV agentes;    Health policy;    National health programs;    Health expenditures;    Health care costs;    Drug costs;    Socioeconomic planning;    Economics;    Brazil;   
DOI  :  10.1590/S0034-89102006000800009
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Os gastos com a aquisição de anti-retrovirais no Brasil têm suscitado debates sobre a sustentabilidade da política de acesso universal a medicamentos para Aids, a despeito de seus evidentes benefícios. O objetivo do estudo foi analisar, no período de 1998 a 2005, a evolução dos gastos do Ministério da Saúde do Brasil com a aquisição de anti-retrovirais e seus determinantes, assim como a sustentabilidade desta política a médio prazo (2006-2008). MÉTODOS: O estudo da evolução dos gastos com anti-retrovirais compreendeu a análise de seus preços, do dispêndio ano a ano, do número de pacientes que utilizam a medicação, do gasto médio por paciente e das estratégias para a redução de preços adotadas no período. No tocante à análise de sustentabilidade da política de acesso a anti-retrovirais foram estimadas as despesas com a aquisição de medicamentos no período de 2006 e 2008 e a participação desses gastos no Produto Interno Bruto e nas despesas federais com saúde. Os dados foram coletados do Ministério da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério do Planejamento. RESULTADOS: As despesas com anti-retrovirais aumentaram 66% em 2005, interrompendo a tendência de redução observada no período 2000-2004. Os principais fatores associados a esse aumento foram o enfraquecimento da indústria nacional de genéricos e os resultados insatisfatórios dos processos de negociação com empresas farmacêuticas. CONCLUSÕES: A política de acesso universal no Brasil não é sustentável com as atuais taxas de crescimento do Produto Interno Bruto, sem que o País comprometa investimentos em outras áreas.

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