Revista de Saúde Pública | |
Utilização de serviços de saúde em áreas cobertas pelo programa saúde da família (Qualis) no Município de São Paulo | |
Moisés Goldbaum2  Reinaldo José Gianini2  Hillegonda Maria Dutilh Novaes2  Chester Luiz Galvão César1  | |
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Departamento de Medicina Preventiva | |
关键词: Serviços de saúde; Saúde da família; Morbidade; Eqüidade; Coleta de dados; Prestação de cuidados de saúde; Cobertura de serviços de saúde; Pesquisa sobre serviços de saúde; Inquérito populacional; Health services; Family health; Morbidity; Equity; Data collection; Delivery of health care; Health services coverage; Health services research; Population survey; | |
DOI : 10.1590/S0034-89102005000100012 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: O Programa de Saúde da Família se constitui em estratégia de reorganização do sistema de atenção à saúde para o Sistema Único de Saúde. O objetivo do estudo foi verificar mudanças no perfil de utilização de serviços de saúde após implantação do Programa, identificando fatores associados às mudanças observadas. MÉTODOS: Foram analisados dados de utilização de serviços e procura por assistência em duas amostras definidas por conglomerados e representativas da população coberta (n=1.865) e não coberta pelo Programa de Saúde da Família (n=2.036) de dois distritos do Município de São Paulo. Os dados fazem parte de inquérito populacional realizado em 2001. Foi empregada a análise estatística própria para conglomerados. RESULTADOS: Na utilização de serviços, nas áreas cobertas pelo Programa de Saúde da Família, não foram observadas razões de prevalência significantemente diferentes segundo escolaridade e renda, e nas áreas não cobertas as razões de prevalência foram mais elevadas para maior escolaridade e renda. Na procura por assistência em pessoas com episódios de morbidade, nas áreas cobertas pelo Programa a razão de prevalência foi maior em pessoas com grau de limitação intenso, e nas áreas não cobertas a razão de prevalência foi mais elevada para maior escolaridade e menor para os inativos. CONCLUSÕES: Nas áreas estudadas, na população coberta pelo Programa de Saúde da Família a renda e escolaridade não se constituem em fatores que diferenciam de forma significativa o perfil de utilização de serviços de saúde e de procura por assistência, indicando que o programa pode estar contribuindo para maior equidade nessas condições.
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