Jornal de Pediatria | |
Morbidade respiratória no primeiro ano de vida de prematuros egressos de uma unidade pública de tratamento intensivo neonatal | |
Rosane R. De Mello2  Maria Virgínia P. Dutra1  José Maria De A. Lopes1  | |
[1] ,Fundação Oswaldo Cruz Instituto Fernandes Figueira Rio de Janeiro RJ | |
关键词: Morbidade respiratória; muito baixo peso; prematuro; seguimento; Respiratory morbidity; very low birthweight; preterm infant; follow-up; | |
DOI : 10.1590/S0021-75572004000800013 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Verificar a incidência de morbidade respiratória no primeiro ano de vida de prematuros de muito baixo peso e verificar se existe diferença na incidência de morbidade respiratória no primeiro ano de vida segundo os fatores de risco neonatais. MÉTODOS: O desenho foi de coorte prospectivo. Foram estudados neonatos com peso de nascimento inferior a 1.500 g e idade gestacional inferior a 34 semanas nascidos entre 1998 e 2000. As crianças foram acompanhadas mensalmente no Ambulatório de Seguimento até os 12 meses de idade corrigida para a prematuridade. A cada consulta, foi verificada a presença de síndrome obstrutiva de vias aéreas e/ou pneumonia e/ou internação por problemas respiratórios. Foi calculada a taxa de incidência de morbidade respiratória ocorrida no primeiro ano de vida. Utilizou-se teste estatístico para a diferença de proporções (qui-quadrado). RESULTADOS: A amostra compreendeu 97 prematuros. As médias do peso de nascimento e da idade gestacional foram 1.113 g e 28 semanas. Durante o acompanhamento, 28% deles apresentaram síndrome obstrutiva de vias aéreas, 36% apresentaram pneumonia e 26% necessitaram de internação. Morbidade respiratória ocorreu em 53% das crianças. Houve diferença significativa entre as taxas de morbidade respiratória nas crianças que fizeram uso prolongado de oxigênio (83%) e nas que não fizeram (43%). CONCLUSÃO: Mais de 50% das crianças acompanhadas apresentaram intercorrência respiratória no curso do primeiro ano de vida. A incidência de pneumonia e de internação foi elevada. As crianças que fizeram uso prolongado de oxigênio apresentaram significativamente maior taxa de incidência de morbidade respiratória do que as crianças que não usaram oxigênio prolongadamente.
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