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Revista Brasileira de Medicina do Esporte
Treino de corrida não interfere no desempenho de força de membros superiores
Leandro Luís Oliveira Raddi2  Rodrigo Vitasovic Gomes1  Mário Augusto Charro2  Reury Frank Pereira Bacurau1  Marcelo Saldanha Aoki1 
[1] ,UniFMU Curso de Educação FísicaSP ,Brasil
关键词: treinamento concorrente;    interferência;    endurance;    força;    concurrent training;    interference;    endurance;    strength;   
DOI  :  10.1590/S1517-86922008000600014
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: O presente estudo avaliou o efeito do exercício de endurance (corrida) sobre o subseqüente desempenho de força de músculos dos membros superiores e do tronco. METODOLOGIA: A amostra foi composta por 13 universitárias, saudáveis e fisicamente ativas. A primeira fase do experimento consistiu na realização de um teste de corrida, simulando uma sessão de treino, com duração de 45 minutos a 70% da FC MAX. Imediatamente após a corrida, foram aplicados testes de força (dinamometria - preensão palmar, teste de 1-RM e teste de repetições máximas a 70%-1RM no supino). A glicemia foi mensurada no início do experimento e imediatamente antes dos testes de força. RESULTADOS: Não foi observada diferença significativa no desempenho dos testes de força após o treino de corrida (dinamometria, 1-RM e REPMAX - sem a prévia execução do treino de corrida - 29,9 ± 3,8 kgf; 34,4 ± 3,1 kg; 1ºset: 12,5 ± 3,3 reps e 2ºset: 11,7 ± 2,7 reps vs. com a prévia execução do treino de corrida - 29,2 ± 3,1 kgf; 33,9 ± 2,5 kg; 1ºset: 13,2 ± 2,1 reps e 2ºset: 12,2 ± 2,8 reps). Com relação à glicemia, não foi detectada alteração significativa durante o experimento. CONCLUSÃO: A execução do treino de corrida não afetou o subseqüente desempenho de força dos membros superiores e do tronco. Esse dado sugere que a interferência, freqüentemente, observada no exercício concorrente, é dependente do grupo muscular treinado. Possivelmente, o efeito adverso induzido pelo treino concorrente, realizado, exclusivamente, com membros inferiores, é decorrente da fadiga residual instalada nos músculos recrutados na atividade anterior. É importante ressaltar que a atividade de endurance não promoveu alteração na concentração plasmática de glicose. A manutenção da glicemia associada à ausência de interferência sobre o desempenho dos testes de força reforça, mais ainda, a hipótese de que o efeito adverso do treinamento concorrente é, provavelmente, causado por alterações periféricas músculo-específicas.

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