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Revista Brasileira de Epidemiologia
Características sociodemográficas e indicadores operacionais de controle da tuberculose entre indígenas e não indígenas de Rondônia, Amazônia Ocidental, Brasil
Jesem Douglas Yamall Orellana2  Maria Jacirema Ferreira Gonçalves1  Paulo Cesar Basta1 
[1] ,FIOCRUZ Instituto Leônidas e Maria Deane
关键词: Tuberculose;    Vigilância em saúde;    Índios sul-americanos;    Epidemiologia;    Avaliação de serviços de saúde;    Sistemas de Informação em Saúde;    Populações indígenas;    Tuberculosis;    Health surveillance;    South American Indians;    Epidemiology;    Health services evaluation;    Health Information Systems;    Indigenous populations;   
DOI  :  10.1590/S1415-790X2012000400004
来源: SciELO
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【 摘 要 】

Com a intenção de ampliar o conhecimento sobre a situação epidemiológica da tuberculose (TB) entre populações vulneráveis no Brasil, nosso objetivo foi analisar características sociodemográficas e indicadores operacionais referentes ao controle da TB, comparando indígenas e não indígenas em Rondônia. Realizou-se estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo dos casos novos de TB notificados entre 01/01/1997 e 31/12/2006. Foram excluídos os registros duplicados e aqueles para os quais o desfecho foi mudança de diagnóstico e transferência. Os casos de TB foram classificados em duas categorias: indígenas e não indígenas, e foi realizada análise, segundo sexo, faixa etária, procedência (urbana/rural), UF de residência, forma clínica, exames diagnósticos, indicadores de acompanhamento e situação de encerramento. Ao todo foram identificadas 4.832 notificações, com 322 casos (6,7%) em indígenas. Houve predomínio no sexo masculino (razões: 1,7 em não indígenas e 1,3 em indígenas). A maioria das notificações em indígenas (82,6%) foi da zona rural e houve elevada concentração (36,0%) em menores de 15 anos. A análise dos exames realizados demonstrou predomínio de baciloscopias positivas em não indígenas (56,1%) e baciloscopias negativas e não realizadas entre indígenas (31,7% e 35,4%, respectivamente, P valor = 0,0001). Houve diferença no acompanhamento em relação à baciloscopia do 2º mês (6,1% de positividade, P valor = 0,0001) e no exame de pelo menos um contato (69,6%, P valor = 0,017) para não indígenas. Por outro lado, o tratamento supervisionado esteve mais associado aos casos indígenas (23,6%, P valor = 0,0001). Destaca-se o predomínio de cura em ambos os grupos, com maior concentração em indígenas (90,4%, P valor = 0,0001), e maior proporção de abandono em não indígenas (14,7%, P valor = 0,0001). A abordagem empregada mostrou-se útil para elucidar desigualdades e superou as usuais análises realizadas nos serviços de vigilância que visam delinear a situação epidemiológica da TB baseadas, apenas, em taxas ou valores absolutos.

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