Revista de Nutrição | |
Iniquidades socioeconômicas na conformação dos padrões alimentares de crianças e adolescentes | |
Rita De Cássia Ribeiro Silva2  Ana Marlúcia Oliveira Assis2  Sophia Cornbluth Szarfarc1  Elizabete De Jesus Pinto1  Lília Carolina Carneiro Da Costa1  Laura Cunha Rodrigues1  | |
[1] ,Universidade Federal da Bahia Escola de Nutrição Departamento Ciência da NutriçãoSalvador BA ,Brasil | |
关键词: Adolescentes; Consumo de alimento; Crianças; Fatores socioeconômicas; Regressão quantílica; Adolescent; Consumption; Child; Socioeconomic factors; Quantile regression; | |
DOI : 10.1590/S1415-52732012000400003 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Identificar e quantificar a influência dos fatores socioeconômicos sobre os padrões alimentares. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 1.136 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade, de ambos os sexos, matriculados na rede pública de Salvador (BA), Brasil. O consumo alimentar foi medido por meio do questionário qualitativo de frequência alimentar. Os padrões de consumo foram identificados por meio de análise de componentes principais. Para o estudo da influência dos indicadores socioeconômicos na conformação dos padrões alimentares, foram utilizados modelos de regressão quantílica. RESULTADOS: Os padrões alimentares extraídos foram classificados em padrão obesogênico e padrão tradicional. Nos modelos de regressão quantílica, ajustados por faixa etária e por sexo, o menor grau de instrução materna esteve associado negativamente, em níveis significantes, na maioria dos percentis, ao consumo de alimentos que integram o padrão obesogênico. A baixa renda associou-se negativamente aos maiores percentis (p>95). Os dados indicam não haver influência dos indicadores socioeconômicos sobre o consumo de alimentos que integram o padrão tradicional. CONCLUSÃO: Conclui-se que há influência dos fatores socioeconômicos na adesão ao padrão obesogênico de consumo. Esse conjunto de resultados requer a atenção dos gestores públicos para a identificação de um padrão de consumo ocidental, visualizado amplamente nos estudos em que se avaliam padrões de consumo adotados na atualidade pela população brasileira - sobretudo por crianças e adolescentes -, caracterizados por englobar componentes alimentares de risco para as doenças crônicas não transmissíveis.
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