Ciência & Saúde Coletiva | |
Modelos de determinação social das doenças crônicas não-transmissíveis | |
Naomar Almeida-filho1  | |
[1] ,Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva Salvador BA | |
关键词: Doenças crônicas; Determinação social; Estresse; Modo de vida; Iniqüidades em saúde; Chronic diseases; Social determination; Stress; Mode of life; Health inequities; | |
DOI : 10.1590/S1413-81232004000400009 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
Este ensaio revisa criticamente marcos referenciais e modelos teóricos de determinação social das chamadas Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. A sociologia funcionalista gerou modelos socioculturais de saúde que influenciaram o campo de investigação epidemiológica da chamada "nova morbidade" (basicamente enfermidades crônicas e degenerativas), posteriormente agrupados sob o rótulo genérico de Teoria do Estresse. Analisam-se abordagens neodurkheimianas das desigualdades sociais, baseadas no conceito de capital social, criticando especialmente os usos quase-teóricos da noção de "estilo de vida" no campo da saúde. Discutem-se ainda alguns modelos derivados do materialismo dialético que se tornaram bastante influentes na epidemiologia social latino-americana, com base nos conceitos de trabalho e classe social. Finalmente, considerando lacunas teóricas e conceituais dessas teorias parciais no que diz respeito ao espaço simbólico da vida social, apresentam-se as bases conceituais de um enfoque teórico alternativo - a "teoria do modo de vida e saúde". Tomada como síntese possível dos modelos objeto desta revisão crítica, considera-se esta teoria como especialmente indicada para a elaboração de modelos epidemiológicos de determinação social de doenças crônicas não-transmissíveis.
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