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Revista da Associação Médica Brasileira
Avaliação da extensão da neoplasia em câncer da próstata: valor do PSA, da percentagem de fragmentos positivos e da escala de Gleason
Antonio Carlos Calvete1  Miguel Srougi1  Luciano João Nesrallah1  Marcos Francisco Dall'oglio1  Valdemar Ortiz1 
关键词: Próstata;    Antígeno prostático específico;    Neoplasia prostática;    Biópsia;    Prostate;    Prostate-specific antigen;    Prostatic neoplasm;    Biopsy;   
DOI  :  10.1590/S0104-42302003000300026
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVOS: Avaliar o comportamento da percentagem de fragmentos da biópsia prostática, guiada por ultra-sonografia transretal, na previsão de doença extraprostática em pacientes com adenocarcinoma localizado de próstata e, também, comparar a eficiência deste parâmetro com aqueles obtidos pela avaliação do PSA sérico e escala de Gleason pré-operatórios. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo não controlado de 522 pacientes portadores de adenocarcinoma localizado de próstata e submetidos a tratamento cirúrgico através da prostatectomia radical retropúbica. A idade dos pacientes variou entre 42 a 76 anos, média de 62,44 anos. Todos os pacientes foram submetidos à ultra-sonografia transretal com biópsia prostática (direta da lesão e/ou área suspeita e sextante) antes da prostatectomia radical retropúbica. Os 522 pacientes foram divididos em grupos quanto à percentagem de fragmentos positivos encontrados na biópsia, que foram correlacionados com os achados anatomopatológicos de doença intraprostática (confinada à glândula) e extraprostática (invasão tumoral da gordura periprostática e/ou invasão de colo vesical e/ou invasão das vesículas seminais e/ou linfonodos pélvicos positivos), do espécime cirúrgico. RESULTADOS: Na análise da percentagem de fragmentos positivos os grupos G1(0-25%), G2(26-50%) e G3(51-75%) apresentaram incidência de doença intraprostática duas a três vezes maior do que extraprostática. No entanto, quando mais de 75% dos fragmentos de biópsia foram positivos (G4 76-100%), a relação se inverteu, ocorrendo uma predominância de doença extraprostática sobre a doença intraprostática. Neste grupo 56,98% dos pacientes evidenciaram doença extraprostática. Houve diferença, estatisticamente, significativa da doença extraprostática entre os grupos G3 e G4 (p = 0,0068). CONCLUSÕES: Quando comparamos os três parâmetros para avaliar a ordem de eficiência em prever doença extraprostática, verificamos que o PSA pré-operatório foi o mais discriminante (p = 0,000000), seguido pela escala de Gleason da biópsia prostática (p = 0,000003) e pela percentagem de biópsias positivas (p = 0,000574).

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