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Saúde e Sociedade
(Im)possibilidades de implementar uma direção única no SUS em município de grande porte: o caso de São Paulo, Brasil
Nicanor R. S. Pinto2  Sandra Maria Spedo1  Oswaldo Yoshimi Tanaka1 
[1] ,Universidade Federal de São Paulo Departamento de Medicina Preventiva São Paulo SP ,Brasil
关键词: Gestão em Saúde;    Integralidade;    Relações Intergovernamentais;    Política de Saúde;    Sistema Único de Saúde;    Health Management;    Integrality;    Intergovernmental Relationships;    Health Policy;    Brazil's National Health System;   
DOI  :  10.1590/S0104-12902010000300005
来源: SciELO
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【 摘 要 】

A construção da direção única na saúde constitui-se um desafio para a gestão local do SUS, particularmente para municípios de grande porte. Este artigo analisou o processo de implementação do SUS no município de São Paulo, visando identificar estratégias para viabilizar uma direção única, no período de 2001 a 2008. Com base em um estudo de caso, foram utilizados dados obtidos de informantes privilegiados da gestão e de documentos de gestão. O conceito de integração sanitária foi utilizado como categoria analítica. Foram analisados movimentos e estratégias dos atores institucionais envolvidos diretamente na gestão do SUS, os gestores municipal e estadual. Observaram-se avanços institucionais como a municipalização das unidades básicas de saúde estaduais e a habilitação do município na gestão plena do sistema municipal. Apesar dessa condição de gestão e da identidade político-partidária entre os governos municipal e estadual desde 2005, constatou-se a coexistência de dois subsistemas públicos de saúde pouco integrados. Um municipal, que concentrava os serviços de atenção básica; outro estadual, que concentrava parte considerável dos serviços de média e alta complexidades. Instrumentos de gestão adotados, como o sistema de regulação, mostraram-se frágeis para superar a falta de integração entre os referidos subsistemas. Como implementar a direção única no SUS implica uma (re)divisão de recursos e poder, discute-se que não bastam normas nem instrumentos de gestão para viabilizá-la. É um desafio estratégico para o SUS implementar processo de negociação, envolvendo os atores institucionais e políticos, visando a pactuação de um projeto político na saúde.

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