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Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Nutrição enteral: diferenças entre volume, calorias e proteínas prescritos e administrados em adultos
Michelli Cristina Silva De Assis2  Stella Marys Rigatti Silva2  Dória Migotto Leães2  Claudine Lazzari Novello2  Carla Rosane De Moraes Silveira2  Elza Daniel De Mello1  Mariur Gomes Beghetto1 
[1] ,Hospital de Clínicas de Porto AlegrePorto Alegre RS ,Brasil
关键词: Unidades de terapia intensiva;    Cuidados de enfermagem;    Nutrição enteral;    Prescrição eletrônica;    Terapia nutricional;    Trato gastrointestinal;    Intensive care units;    Nursing care;    Enteral nutrition;    Electronic prescribing;    Nutritional therapy;    Gastrointestinal tract;   
DOI  :  10.1590/S0103-507X2010000400006
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Diferentes condições determinam que pacientes críticos recebam volumes, aportes energéticos e protéicos de nutrição enteral menores que o prescrito. O objetivo do presente estudo foi avaliar a diferença entre a nutrição enteral prescrita e administrada a adultos internados em centro de terapia intensiva. MÉTODOS: Durante 30 dias de 2009, pacientes foram acompanhados do início do uso de nutrição enteral até a sua suspensão, ou até a alta do centro de terapia intensiva. Foram usados testes paramétricos e não paramétricos para identificar diferenças entre o prescrito e administrado. RESULTADOS: Foram incluídos 85 pacientes, com 58,6±18,0 anos, sendo 40% do sexo masculino, que permaneceram internados por 29,5 dias (IQ: 15,2 - 48,7) e utilizaram nutrição enteral por 10 (IQ: 4,2 - 27,5) dias. Os pacientes receberam menos volume (-428±243 ml/dia), calorias (-665±412 Kcal/dia) e proteínas (-30±19 g de proteína/dia) do que prescrito. Quando avaliadas as diferenças diárias entre o prescrito e o administrado para cada paciente, observou-se que cerca de 40% do volume não foi administrado. Os principais motivos para interrupção da dieta foram: náuseas e vômitos, distensão abdominal, constipação e complicações clínicas (52%); realização de procedimentos diagnósticos (41,6%); e transição para via oral (5,6%). CONCLUSÃO: Pacientes internados em centro de terapia intensiva recebem menos nutrição enteral que o prescrito. A rotina de cuidados e a ocorrência de complicações do trato gastrointestinal motivam interrupções da nutrição enteral, contribuindo para que pacientes de centro de terapia intensiva recebam menor aporte calórico do que prescrito.

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