Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular | |
Resultados a longo prazo da miectomia septal no tratamento da cardiomiopatia hipertrófica | |
Luiz Augusto Ferreira Lisboa2  Luís Alberto Oliveira Dallan1  Pablo Maria Alberto Pomerantzeff1  Sérgio Almeida De Oliveiras1  Fabio Biscegli Jatene1  Noedir Antonio Groppo Stolf1  | |
[1] ,FMUSP HC Instituto do Coração | |
关键词: Cardiomiopatia Hipertrófica; Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Resultado de Tratamento; Efeitos a Longo Prazo; Cardiomyopathy; Hypertrophic; Cardiovascular Surgical Procedures; Treatment Outcome; Long-term Effect; | |
DOI : 10.1590/S0102-76382011000100016 | |
来源: SciELO | |
【 摘 要 】
OBJETIVO: Avaliação clínica e ecocardiográfica tardia da miectomia septal cirúrgica de pacientes com cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (CMHO). MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, 34 pacientes adultos (média de 55,7±15,2 anos) portadores de CMHO operados consecutivamente na instituição entre 1988 e 2008. Apenas quatro (11,8%) pacientes tinham conhecimento de história familiar para CMHO. Nove (26,5%) pacientes apresentavam insuficiência cardíaca (NYHA) classe funcional IV. Trinta (88,2%) pacientes apresentavam CMHO isolada e, em quatro (11,8%), a CMHO estava associada à insuficiência coronária. A técnica cirúrgica utilizada em todos os casos foi a miectomia septal transaórtica. RESULTADOS: Em 26 (76,5%) pacientes, a insuficiência mitral decorrente do movimento anterior sistólico regrediu após a miectomia. Em oito (23,5%) pacientes, houve necessidade de abordagem da valva mitral. Houve um (2,9%) óbito hospitalar. Dois (5,9%) pacientes necessitaram de marcapasso definitivo no pós-operatório. Em média, o gradiente de pico pré-operatório na via de saída do ventrículo esquerdo, que era de 84,9±29,0 mmHg, diminuiu para 27,8±12,9 mmHg no pós-operatório inicial e caiu para 19,2±11,2 mmHg no pós-operatório tardio (49,0±33,0 meses). A classe funcional (NYHA) que, em média, era de 3,1±0,8 passou para 1,4±0,5 no pós-operatório. Com seguimento médio de 9,6±8,4 anos, a sobrevida foi de 87,9% e a sobrevida livre de eventos cardiovasculares foi de 77,7%. CONCLUSÃO: A miectomia septal cirúrgica pode ser realizada de modo seguro, com excelente sobrevida, melhora dos sintomas e alívio da obstrução na via de saída do ventrículo esquerdo em pacientes com CMHO. Os benefícios iniciais se mantiveram a longo prazo.
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