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Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
Fatores prognósticos e evolução da função ventricular em 5 anos de seguimento da ventriculectomia parcial esquerda no tratamento da cardiomiopatia dilatada
Luiz Felipe P. Moreira1  Fernando Bacal1  Anderson BenÍcio1  Edimar A. Bocchi1  Maria L. Higuchi1  Noedir A. G. Stolf1  Sérgio Almeida De Oliveira1 
[1] ,Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Hospital das ClínicasSão Paulo SP ,Brasil
关键词: Miocardiopatia congestiva;    Procedimentos cirúrgicos cardíacos;    Ventrículo cardíaco;    Cardiomyopathy;    Cardiomyopathy;    Cardiac surgical procedures;    Heart ventricle;   
DOI  :  10.1590/S0102-76382001000400002
来源: SciELO
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【 摘 要 】

OBJETIVO: Nesta investigação, os resultados tardios da ventriculectomia parcial esquerda, associada à correção da insuficiência das valvas atrioventriculares, foram estudados em 43 pacientes portadores de cardiomiopatia dilatada. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Os pacientes estavam em classe funcional III (18) ou IV (25) no pré-operatório, sendo que 7 pacientes foram operados na vigência de choque cardiogênico. A redução cirúrgica do volume do ventrículo esquerdo (VE) foi associada à anuloplastia mitral em 32 pacientes e à substituição daquela valva em 3. Em 10 pacientes, também foi realizada plastia de valva tricúspide. Doze pacientes foram submetidos ao implante de desfibriladores automáticos. RESULTADOS: Ocorreram 9 (20,9%) óbitos hospitalares. O tempo de seguimento pós-operatório variou entre dois e 68 meses, com média de 34,2 meses. Aos seis meses de seguimento, 8 pacientes estavam em classe funcional I, 13 em classe II, 3 em classe III e 1 em classe IV (p<0,001). Por outro lado, outros 19 pacientes faleceram no seguimento tardio, sendo observados índices de sobrevida de 58 (?7% em um ano, de 48 (?7% aos dois anos e de 32?(?8% aos cinco anos. A regressão logística mostrou que a sobrevida nos primeiros seis meses foi influenciada pelo diâmetro das fibras miocárdicas. A análise da sobrevida tardia através do modelo proporcional de Cox mostrou que a classe funcional IV e o nível elevado de nor-adrenalina sérica no pré-operatório estavam relacionados a maior mortalidade. Quando a análise também incluiu variáveis anatomopatológicas, a existência de apoptose das células miocárdicas e o maior diâmetro das fibras miocárdicas no pré-operatório foram identificados como únicos fatores independentes de pior prognóstico tardio. Pacientes operados em classe funcional III ou IV apresentaram índices de sobrevida de 60,6?(?11,6% e de 14,4?(?8,2% em cinco anos, respectivamente. Na presença de apoptose das células miocárdicas, a sobrevida dos pacientes foi de 8,3?(?7,9% no mesmo período, contra 63,1?(?11% na ausência dessa alteração. Em relação à função ventricular, os benefícios observados após a ventriculectomia parcial não se mantiveram tardiamente. Houve redilatação progressiva do ventrículo esquerdo, associada à queda concomitante dos valores de sua fração de ejeção. CONCLUSÃO: A ventriculectomia parcial esquerda, associada, quando necessário, à correção da insuficiência das valvas atrioventriculares, melhora a condição clínica e a função ventricular de pacientes com cardiomiopatia dilatada idiopática. Por outro lado, os resultados tardios deste procedimento são limitados pelo grau de comprometimento das fibras miocárdicas e pela severidade do comprometimento funcional dos pacientes no pré-operatório. Além disso, os seus benefícios a função ventricular são comprometidos pela possibilidade de redilatação do ventrículo esquerdo.

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